segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Massagem Shantala

Prática milenar na Índia, a Massagem Shantala atravessou continentes e chegou até nós. Ajuda a fortalecer o vínculo entre mãe e filho, mas também a acalmar o bebé, a regularizar o sono e a prevenir cólicas.
Na Índia, é tradição muito antiga massajar os bebés, especialmente no sul, na região de Kerala. Assim, sabe-se que a massagem Shantala é uma prática com origens remotas, que se diz ter raízes na medicina ayurvédica ou Ciência da Vida. Reza a história que a massagem Shantala foi divulgada pelos monges que a levaram junto das populações, sendo usada para manter a saúde equilibrada. Com o passar dos anos, a massagem alargou-se também aos bebés e tornou-se uma tradição que atravessou gerações, sendo transmitida de uma forma natural de mães para filhas, quando estas iniciavam o seu período de gravidez. Se hoje a conhecemos por Shantala, isso deve-se a Frederick Leboyer, obstetra francês, mundialmente conhecido e pioneiro do parto natural.
Técnica do vínculo
Quando, nos anos 70, Leboyer se deslocou à Índia, para trabalhar e aprender novas técnicas relacionadas com a sua actividade, conheceu, em Calcutá, uma jovem indiana, mãe de dois filhos ainda pequenos. Paralítica, esta mulher vivia numa instituição de caridade que a tinha acolhido. Um dia, quando ela massajava tranquilamente um dos filhos, Leboyer ficou impressionado com a simplicidade e o amor com que ela o fazia e o prazer que o seu bebé parecia daí retirar. Foi então que fotografou a sequência completa dessa técnica milenar e, mais tarde, divulgou essas imagens no Ocidente. A jovem mãe, que se chamava Shantala, deu o nome à massagem que hoje chegou até nós.
Leboyer interessou-se pelas vantagens que a massagem trazia ao bebé, não só em termos físicos mas no que toca aos benefícios psicológicos, tudo isto através de um procedimento que ele considerava como uma mistura tipicamente oriental entre a poesia, a técnica e a sabedoria. Quando regressou à Europa, Leboyer adaptou e divulgou a massagem, de forma a introduzi-la na rotina diária das mães e dos bebés ocidentais uma iniciativa que considerou fundamental, dada a sua importância e os imensos benefícios obtidos em vários campos da vida das crianças. Considerou, desde logo, a massagem como uma forma privilegiada de comunicação entre mãe e filho, através da linguagem primal do toque, fazendo-lhes passar afecto e energia. (…)
Texto: Ana Vieira de Castro
Revista PAIS & Filhos
21 Novembro 2009
Podem ler o artigo completo aqui.

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