domingo, 27 de dezembro de 2009

Educação Intuitiva: da Teoria à Prática

Educação intuitiva: da teoria à prática

Natália Fialho tem 36 anos, é tradutora e mãe de três filhos: um rapaz com cinco anos, uma rapariga com três e um bebé com sete meses. Aqui, conta ao IOL Mãe como tem sido passar à prática as teorias da Educação Intuitiva

"Fui mãe pela primeira vez aos 31 anos. Comecei a procurar informação e a pensar que tipo de mãe iria ser, o que queria fazer. Só sabia que queria amamentar e que queria dar muito colo ao meu bebé. Comecei a pesquisar e a perceber que em Portugal a prática era diferente de muitas das coisas em que eu acreditava e de muitas outras que descobria e com as quais me identificava. Uma delas foi a Educação Intuitiva, que faz todo o sentido para mim. O meu primeiro filho nasceu no hospital. Foi um parto induzido, mas eu só percebi depois. Isso despertou em mim um sentimento de que não estava por dentro de tudo, que as coisas me passaram ao lado. Foi aí que nasceu esta vontade de partilhar informação que não é veiculada pelo sistema, pelos profissionais de saúde, com uma formação que reflecte a indústria, as empresas farmacêuticas, o marketing... Em relação à Educação Intuitiva, não quero passar a ideia de que é fácil. É difícil, por vezes. Isto não são fórmulas mágicas. E nem tudo o que nos parece fazer sentido funciona depois às mil maravilhas. Às vezes vejo nos meus filhos comportamentos dos quais não gosto e penso 'isto sou eu'. Estou sempre entre duas cadeiras e não me sinto sentada em nenhuma: a das coisas que não quero fazer e a dos meus ideais que não consigo atingir. Às vezes reajo de acordo com os meus valores, outras vezes exatamente como a minha mãe reagiria. Há uma preocupação que eu tenho e acho que é um risco que se corre muitas vezes: não quero que os meus filhos alguma vez sintam que não gosto deles incondicionalmente. Gosto sempre, mesmo que risquem o sofá. Quero que tenham esta base de segurança. Não quero que se torçam para viver segundo as minhas expectativas. Não quero que escondam asneiras que fizeram com medo da minha reação. Às vezes penso que não estou a conseguir isto, que é o mais importante para mim. Neste momento, não vejo diferenças entre eles e outras crianças, à parte o facto de estarem em casa. São crianças normais. Espero que estejam mais seguros dentro deles do que muitas crianças. Mas não tenho garantia nenhuma quanto a isso. Também tenho dúvidas. E também procuro ajuda. Faço o que penso ser melhor, como todos os pais. Nasci e cresci na Alemanha. Só estou em Portugal há nove anos. Lá nenhuma criança passa oito horas na escola. Eu lembro-me do tempo livre que tinha para brincar e quero isso para os meus filhos. Mesmo na escola primária, estávamos lá de manhã e depois passávamos a tarde em casa. Quero que os meus filhos possam ter isso. E não acredito no chamado «tempo de qualidade» que alguém inventou para descansar os pais que passam pouco tempo com os filhos. Tentam concentrar tudo em duas horas por dia que estão com eles, ou nem isso. Uma criança precisa de mais tempo com os pais! Sei que conciliar o trabalho com a vida familiar é um verdadeiro desafio na sociedade portuguesa. Mas se eu não pudesse trabalhar menos para estar mais tempo com os meus filhos, teria de arranjar outra solução, ia viver para outro sítio, não sei. Para mim não faz sentido gastar todo o meu salário nos infantários dos meus filhos, como fazem algumas mulheres que conheço. E depois têm a fotografia do bebé nas secretárias e vivem infelizes. Respeito, mas também peço respeito por outras opções. E que deixem de me ver como um ser extra-terrestre." Fonte: IOL Mãe

sábado, 26 de dezembro de 2009

Crianças Índigo

O que é uma criança Índigo?
As crianças índigo possuem uma estrutura cerebral capaz de utilizarem simultaneamente as potencialidades do hemisfério direito e do hemisfério esquerdo, isso significa que elas conseguem ir muito mais além do plano racional e intelectual, desenvolvendo capacidades espaciais, intuitivas, criativas e espirituais, por isso elas necessitam também de um ambiente propício para poderem desenvolver todas as suas potencialidades ajudando-nos num futuro próximo a mudar muita coisa que precisa ser mudada no mundo em que vivemos, nomeadamente a diminuir a distância existente entre o pensar e o agir.

O “fenómeno Índigo” nasceu a partir da cor índigo que aparece associada à mente (chacra frontal) e à espiritualidade (aura de cor índigo). Segundo alguns autores, as crianças índigo estão envolvidas por uma aura azul-índigo! Nancy Ann Tappe, nos anos 80 observou que inúmeras crianças apresentavam esse tipo de aura e tinham características algo semelhantes. Na última década dos anos 90, dois autores norte-americanos Lee Caroll e J. Tober publicaram o primeiro livro sobre “As Crianças Índigo”.

A partir de então muito se tem falado destas crianças que cada vez em maior número (neste momento 90 % das crianças que nascem já trazem características Índigo, Cristal, Violeta ou outras…) estão a invadir o nosso planeta e apresentam as seguintes características: Inteligentes, sensitivas, intuitivas, com tendência hiperactiva, perceptivas, compreendem facilmente as leis universais, são muito criativas e possuem uma memória privilegiada (por vezes falam de vidas passadas com toda a naturalidade) e são dotadas, como referem alguns autores, de uma espécie de “inteligência espiritual”. Quando o assunto não lhes interessa podem apresentar características de défice de atenção, mas se, pelo contrário, algum tema lhes desperta a atenção, entregam-se apaixonadamente e passam horas atentas e envolvidas em novas descobertas.

Vários autores referem que podem distinguir-se 4 tipos de crianças índigo: as humanistas (líderes), as conceptuais (cognitivas ou intelectuais), as artistas (portadoras grande sensibilidade e intuição) e as interdimensionais (globalmente sobredotadas mas com potencialidades espirituais invulgares).

Que características apresentam as Crianças Índigo

Espírito Guerreiro que rompe com os sistemas estabelecidos                               
Metas:                                                                                                                  
Abrir caminhos
Denunciar
Não aceitam o que já não serve agora
Aversão à mentira, falsidade e manipulação Meta:
Especialidade:
Denunciar
Provar os limites físicos
Provar os limites psíquicos
Personalidade:
Em geral são extrovertidos
Pioneiros são originais, auto-suficientes, criativos, bastante autónomos
Determinação, tenacidade
Formas de conduta:
São crianças exigentes que não se cansam de pedir coisas
Não tem medo da confrontação
Rebelde
Características físicas e outras:
Robustos fisicamente
Fortes mentalmente
Podem diagnosticar-lhes erradamente:
ADD (Défice de Atenção)
ADDH (Défice de atenção com hiperactividade)
É precoce em começar a falar
Necessidades em geral:
Alimentar os seus talentos de pioneiros e de lideres
Ferramentas de organização do trabalho
Aprender a diplomacia e a cortesia

Como identificar as Crianças Índigo?

Propomos que façam um pequeno teste às vossas crianças para poderem identificá-las, ou não, como crianças índigo. Este teste (embora com algumas adaptações) é apresentado por Lee Carroll no seu livro As Crianças Índigo.

Trata-se de uma criança muito intuitiva (parece adivinhar as coisas) e traz consigo, desde a nascença, uma certa realeza comportando-se como tal?
Sentem que merecem estar aqui e admiram-se quando outros não os reconhecem. Revelam-se bastante sensitivos (parecem observar, ver, ouvir e detectar acontecimentos, objectos e situações aparentemente impossíveis)?
São muito sensíveis à música, à pintura, às paisagens grandiosas e sublimes, ao belo?
Dizem, com naturalidade aos pais quem são e donde vêm e alguma vez referiram ter falado com anjos, Deus, extraterrestres ou outras entidades?
Preocupam-se muito com questões humanitárias, a fome, as guerras, os problemas ambientais, com os animais abandonados ou maltratados?
Gostam de ver programas sobre História, Religião e Arte na TV ou na Internet?
Sentem-se frustrados com sistemas que obedecem a rituais e sem criatividade, apresentam outras formas de fazerem as coisas, tanto em casa como na escola, o que os torna rebeldes ou simplesmente desinteressados?
Costumam desenhar figuras exóticas, seres extra-terrestres, figuras estranhas?
Apreciam conversar sobre Deus, o princípio do Mundo, a Vida, os OVNIS, etc?
Parecem ser anti-sociais, e, por vezes a escola é o local onde lhes é muito difícil socializar. Apreciam a solidão. Gostam de se fechar no quarto para ficar sozinhos?
Têm dificuldade em aceitar uma autoridade absoluta. Falam ou escrevem sobre assuntos que parecem não ser para a sua idade e formação?

Se respondeu SIM a mais de 4 perguntas...esteja mais atento ao seu filho ou educando, porque poderá estar perante uma criança índigo, por isso tente retirar dele mais informações, mas proceda com carinho e amor verdadeiro, porque estas crianças, devido à sua sensibilidade e capacidades extrasensoriais, apercebem-se facilmente das suas intenções, sobretudo se estas não foram para seu bem. Como sabem elas trazem consigo um verdadeiro detector de mentiras e, intuitivamente, lêem os pensamentos das pessoas com quem tratam.

Qual a educação mais adequada para estas crianças e jovens?

Em primeiro lugar é fundamental que exista para a criança uma só escola e uma só educação. O complexo processo educativo, para atingir os seus plenos objectivos deve fazer um compromisso com todos os seus intervenientes que em conjunto devem-se envolver em uníssono: pais, professores, alunos. Todos têm que ter consciência de três verdades insofismáveis:

O potencial humano é muito superior àquilo que nos convenceram. (Einstein desenvolveu, apenas, entre 5 e 10% das capacidades do seu cérebro....)

A educação deve ser adquirida naturalmente e com prazer, porque educar sem prazer é deseducar e é como um dia sem sol.
A educação e a aprendizagem são o único motivo que nos trouxe a este planeta, por isso, deve ser feita com esmero.

Serás tu um Índigo adulto?

Se quer saber se é um índigo adulto analise as afirmações que se seguem:

São muito criativos ainda que na escola não tenham tirado as melhores notas.
Têm algumas características que fazem parte de crianças índigo.
Apresentam alguns problemas de concentração e atenção (Sintomas de Desordem de falta de Atenção. Podem apresentar problemas para se concentrarem nas suas tarefas. Podem saltar de tema nas conversas (palestras, dissertações, etc.)
Têm uma verdadeira empatia por algumas pessoas e sentem-se bem com pessoas que tenham a sua vibração, mas têm, também, uma profunda intolerância pela estupidez.
São muito intuitivos, muito criativos e desfrutam fazendo coisas, mesmo que espalhem tudo à sua volta como um caos, sentem-se bem assim...mesmo que os outros reclamem da desordem.
É difícil para eles fazerem um trabalho repetitivo e obrigatório e sobretudo na escola recusavam-se a fazê-lo.
Vivem em constante mudança e têm, ainda hoje, problemas com a autoridade. Rejeitam, muitas vezes, a autoridade do professor ou mesmo dos pais quando procuravam impô-la. Questionaram-na e continuam questionando a autoridade.
Aprendem rapidamente e quando acham que já sabem o suficiente aborrecem-se e desinteressam-se pelos assuntos?
Se uma coisa ou um tema lhes interessa põem aí toda a sua atenção e não se importam de estar horas a fazer o mesmo.
Na escola parecia que tinham “picos” e não paravam quietos, quando a matéria não lhes interessava, não lhe servia para nada ou achavam que já sabiam o suficiente sobre o assunto.
Por vezes mostra ser extremamente sensíveis, ou emocionalmente instáveis, chorando ao mínimo motivo (sem protecção). Ou podem mostrar uma certa falta de emoção (protecção completa).
Por vezes revoltam-se com certas coisas ou pessoas, parecendo que têm problemas com a Ira.
Não compreendem e até se revoltam, ou irritam com os chamados sistemas ineficazes que consideram caducos: sistema político, educativo, médico, jurídico, etc.
Sentem uma verdadeira irritação e ira quando privam dos seus direitos e detestam que os observem ou controlem os teus passos, ficam irritados quando alguém está sempre a observá-los e a criticá-los.
Procuram o significado da vida e sentem uma vontade grande de mudar ou até melhorar o mundo aderindo, por vezes, à espiritualidade, a alguma religião ou a grupos ou livros de auto-ajuda.
Tiveram alguma experiência psíquica, premonições (ver anjos, seres extrafísicos, fantasmas...) experiências fora do corpo, ouvir ruídos ou vozes, etc.
É sensível à electricidade e por vezes os relógios não funcionam, as lâmpadas apagam-se quando passa por baixo deles, os aparelhos eléctricos funcionam mal ou queimam-se fusíveis ou rebentam lâmpadas...
Já, alguma vez, tiveram consciência da existência de outras dimensões, de extraterrestres ou da existência de outras realidades paralelas.
São muito expressivos sexualmente, mas também podem recusar a sexualidade por aborrecimento ou para conseguirem uma ligação espiritual mais elevada. Podem explorar tipos alternativos de sexualidade.
Tiveram poucos ou nenhum exemplo índigo para imitar.
Se conseguem encontrar o seu equilíbrio podem transformar-se em indivíduos muito realizados, fortes, sãos e felizes.

Fonte: Casa Índigo

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Rede de Educação Alternativa, Integral e Intuitiva

Após alguns meses da criação do blog, percebemos que mais do que reunir informação teórica, interessa-nos principalmente conhecer experiências e vivências. Decidimos assim criar o http://educacaoalternativa.ning.com/, na esperança de criar um ponto de encontro e partilha entre pessoas com um interesse em comum, a Educação. Aqui esperamos ver juntas pessoas com uma mesma vontade, a de aprender em conjunto. Estão todos convidados a participar e que seja um espaço de todos, para todos....para renascermos outra vez.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Tribunal confia crianças a casal homossexual

O Tribunal de Oliveira de Azeméis entregou na passada quarta-feira, a guarda de duas meninas a um tio que vive com outro homem. A juíza entendeu que o casal homossexual tem melhores condições para tratar das crianças do que os pais.
Fonte judicial disse ao JN que a decisão ontem tomada, por proposta do Ministério Público, "é um caso único em toda a história do Tribunal de Oliveira de Azeméis e, porventura, o primeiro do género a nível nacional".
"Todas as partes envolvidas - Segurança Social, pais, Ministério Público, juíza e até as próprias menores - tinham pleno conhecimento de que em causa estava decidir se se devia entregar o cuidado das meninas, de 8 e 5 anos de idade, aos pais ou a um casal gay, embora oficialmente a guarda fique a cargo do tio. Todos tinham consciência que optar pelo tio era colocar as crianças, que se encontravam numa instituição social, no seio de uma família 'diferente', com uma 'cultura' de família fora do tradicional. Apesar disso, sem preconceitos, entendeu-se que este casal homossexual podia educar e tratar muito melhor as meninas do que os pais, que não reúnem condições", disse a mesma fonte.
Para já, o que está em causa não é uma adopção. É apenas a confiança das crianças, durante meio ano, com o acordo dos próprios pais. Mas tudo indica que o processo culmine com a adopção, caso o período de guarda das menores seja renovado por mais meio ano e os pais persistam em não oferecer condições às filhas.
"Hoje, para nós, foi um dia muito bonito, de felicidade. Saber que um tribunal, sem tabus, sem complexos, reconhece num casal homossexual condições para acolher e educar duas crianças, é uma vitória e um passo em frente para acabar com esta hipocrisia da sociedade", declararam, ao JN, "João" (nome fictício), de 30 anos, empregado fabril, e o seu companheiro, "Paulo" (nome fictício), de 36 anos, gestor. Ambos do concelho de Oliveira de Azeméis.
Na opinião de "Paulo", "o que a juíza fez foi, na prática, a entrega de duas crianças à guarda de um casal gay, tanto assim que a própria carta que enviou ao "João", a notificá-lo para ir a Tribunal, dizia, no remetente: "João e companheiro".
"Quando li aquilo fiquei super emocionado, cheio de alegria. Senti-me reconhecido como parte da solução, como membro de um casal, que somos", afirmou.
"João" e "Paulo" admitem que as menores podem agora enfrentar, na escola, alguns problemas. "As crianças são cruéis. Receamos que possam mandar bocas às nossas meninas, mas nós já as preparámos para o pior. Elas sabem bem que somos um casal. Compreendem isso, mas dissemos--lhes para elas dizerem aos colegas que nós somos apenas amigos e que vivemos na mesma casa. Sem mais explicações".
Ao JN, os pais das menores afirmaram-se satisfeitos com a decisão do Tribunal. "Acham que nós não temos condições para criar as nossas filhas. Prefiro que elas estejam, com o 'João' e o 'Paulo', que lhes dão carinho e cuidam bem delas, do que numa insituição".
Na realidade, o JN assistiu, em pleno tribunal, a várias manifestações de carinho das crianças em relação aos novos "pais afectivos". Mais, até, do que em relação aos pais biológicos.

Fonte:  JN

Livros, Livros e Livros

Para quem está interessado no ensino doméstico, unschooling, educação alternativa e coisas do género, deixo-vos uma lista de livros interessantes. A lista há-de continuar a crescer pois hei-de ir adicionando  à medida que os for encontrando. Para os ler, basta clicar em cima do nome. Boas Leituras


E-Livros em Portugues

Sociedade sem Escolas - Ivan Illich

Diálogos Com Jovens Estudantes
- Krishnamurti

O Desejo de Ensinar e a Arte de Aprender - Rubem Alves

Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire

Dicionário Breve de Pedagogia - Ramiro Marques

Educação Comunicação Anarquia - Guilherme Correa
 
E-Livros em Inglês

How Children Fail John Holt

Instead of Education - John Holt

Teach Your Own - John Holt

The Underachieving School - John Holt

Never Too Late
- John Holt

What do I do Monday? - John Holt

Sharing Treasures - John Holt

Danger: School! IDAC Document

Dumbing Us Down: The Hidden Curriculum of Compulsory Schooling John Taylor Gatto

The Exhausted School - John Taylor Gatto

Underground History of American Education John Taylor Gatto

Compulsory Miseducation Paul Goodman

Teaching as a Subvertive Activity
- Neil Postman & Charles Weingartner

Against Education: For the Abolition of School

School, Society & The Future


Deschooling Society - Ivan Illich

Summerhill: A Radical Approach to Child Rearing - A S Neill

Free from School by Rahul Alvares

School is Dead Everett Reimer

Toward the Destruction of Schooling Jan D Matthews

How To Get An Education At Home Pat Farenga

None Dare Call It Education (How Schools Dumb Us Down) (1999) Stormer

The Animal School

Black and Other UK Home Educators' Booklet

Christian Homeschooling Minus the Stress by Sue Rumsley

Problematising home education - Daniel Monk

Unschooling Media - Vanessa Bertozzi

Home School Your Child for Free by Laura Maery Gold and Joan M. Zielinski - Excerpt

The Montessori Method - Maria Montessory

The Education of the Child - Dr. Rudolf Steiner

Discussions with Teachers - Dr. Rudolf Steiner

Rudolf Steiner Books

Education and the Significance of Life - Jiddu Krishnamurti

Beginnings of learning - J. Krishnamurti

Krishnamurti on Education Jiddu Krishnamurti

Letters to the Schools Volume 1 Jiddu Krishnamurti

Life Ahead Jiddu Krishnamurti

Education by Swami Vivekananda

What's Wrong With The World - G.K.Chesterton

Democracy and Education - John Dewey

Fundamental Education V.M. Samael Aun Weor

The History of Education Ellwood P. Cubberley

Education for Destruction -Bessie R Burchett

The Children Trap
- R, Thoburn

The Subversion of Australian Education (Subversion of All Education Systems Worldwide by UN - Wallis

The Child Seducers
John Steinbacher

Fifty Major Thinkers on Education
~ From Confucius to Dewey - Routledge



Des-Educação Obrigatória - Paul Goodman



"Estou enfrentando uma superstição em massa. A superstição em massa em questão é que a educação só pode ser adquirida através da utilização de instituições como a escola".

Paul Goodman argumenta que, pelo contrário, sujeitar os jovens a malabarismos de aprendizagem institucionalizada apenas distorce o seu desenvolvimento intelectual natural, tornando-os hostis à ideia de educação e produzindo cidadãos competitivos e arregimentados que provavelmente conseguirão apenas agravar os problemas sociais actuais.

"É nas escolas e a partir dos mídia de massa, em vez de em casa e com seus amigos, que a massa dos nossos cidadãos de todas as classes aprendem que a vida é inevitavelmente rotina, despersonalizada, enganosamente graduada; que é melhor obedecer e calar a boca.

Treinados nas escolas, eles vão para empregos, para uma cultura e política da mesma qualidade. Esta educação é uma des-educação, moldagem, ou socialização para as normas nacionais e uma arregimentação às "necessidades" nacionais."


E-Livro

Unschooling: O Movimento da Aprendizagem direccionada pela Criança

Unschooling: O movimento da aprendizagem direccionada pela criança, um video de Nicole Campbell-Robinson


Ensino Doméstico - Socialização não é um Problema

Desde o ressurgimento do movimento "escola em casa" no final da década de 1970, os críticos da educação domiciliar têm perpetuado dois mitos. O primeiro diz respeito à capacidade dos pais para ensinarem os filhos em casa, o segundo é se as crianças educadas em casa se tornarão ser bem ajustadas socialmente.

Um novo estudo deve levar muitos críticos a repensar as suas posições sobre a questão da socialização. Os homeschoolers não só participam activamente na vida cívica mas também estão tendo sucesso em todas as esferas da vida. Muitos críticos acreditavam, e alguns pais temiam, que os jovens "educados em casa" não seriam capazes de competir no mercado de trabalho. Mas o estudo  mostra home schoolers numa enorme variedade de profissões, demonstrando claramente que as famílias que optam pelo ensino domiciliar estão no caminho certo.
Artigo disponível aqui

Noam Chomsky - Processo de Socialização

A auto-censura começa em muito tenra idade, através de um processo de socialização que é também uma forma de doutrinação que funciona contra o pensamento independente, em favor da obediência. As escolas funcionam como um mecanismo para essa socialização. O objectivo é evitar que as pessoas façam as perguntas que interessam acerca de questões importantes que as afectam directamente, a elas e a outros.

Nas escolas não se aprendem apenas conteúdos. Adicionalmente é preciso aprender como se comportar, como se vestir de um modo apropriado, que tipos de questões podem ser levantadas, como encaixar (ou seja, como se adaptar), etc. Se mostrar demasiada independência e questionar o código da sua profissão com demasiada frequência, o mais provável é ser excluído do sistema de privilégios.

Assim, rapidamente aprende que, para ter êxito, tem que servir os interesses do sistema doutrinal. Tem que ficar calado e instilar nos seus estudantes as crenças e doutrinas que servirão os interesses daqueles que detêm o verdadeiro poder. A classe empresarial e os seus interesses privados são representados pelo elo estado-empresa.

Texto Original

Co-Sleeping

OO Natural Child Project tem uma colecção de artigos sobre co-sleeping que podem ser interessantes para quem procura aprofundar conhecimentos sobre estas questões ou, simplesmente, para quem procura argumentos justificativos do que a sua intuição lhe pede para fazer, isto é, acenar aos cépticos com os benefícios de dormir com as crianças.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Slow Parentig

Quem teve uma casa na árvore, leu a Pipi das Meias Altas e ainda se lembra dos dias intermináveis das férias grandes sabe do que se trata. A infância das crianças de hoje é bastante diferente da dos pais: pela pressa constante, pela falta de disponibilidade para estar com elas, pelo tempo todo controlado, pela pressão de serem os melhores em qualquer coisa. Mas há quem tente pôr um travão neste frenesim, desacelerar um pouco e devolver às crianças o que a infância tem de melhor: tempo para crescer e descobrir o mundo.
O movimento Slow, que defende e procura um abrandamento do ritmo de vida actual e faz o elogio da lentidão como forma de melhor apreciar as coisas boas, também chegou à educação. «Trees makes the best mobiles» (As árvores são os melhores mobiles) é um livro que pode mudar a forma de encarar a maternidade. Como resistir à pressão de comprar demasiadas coisas que se tornam ruído para um bebé e à tentação de estar sempre a mostrar-lhe coisas novas, a acelerar o seu desenvolvimento e as suas descobertas, são algumas das propostas deste livro.
Outra obra que contribuiu para o movimento Slow Parenting foi «What Mothers do: Especially when it looks like nothing» (O que fazem as mães: especialmente quando parecem não fazer nada), de Naomi Standler. Segundo a autora, as mães não devem encarar o bebé na lógica de mais uma lista de «coisas a fazer». Quando estão apenas a contemplar o seu filho pode parecer que estão a fazer nada, mas afinal estão a fazer o mais importante: descobri-lo, conhecê-lo e deixá-lo ser ele mesmo.

Brinquedos simples

Substituir brinquedos electrónicos cheios de ruídos e estímulos por simples pauzinhos, folhas, pedras ou conchas é um dos mais importantes conselhos do Slow Parenting. Não devemos apressar as crianças e os defensores da lentidão abominam especialmente os brinquedos que prometem ensinar-lhes rapidamente muitas coisas, seja vocabulário, uma segunda língua, ou como somar e subtrair. Não devemos esperar nem agir como se os nossos filho fossem pequenos génios que têm de fazer tudo antes dos outros. Depressa não é forçosamente bem. Cada coisa a seu tempo e sobretudo, no ritmo certo, afirmam os «slow parents».

Tempo para brincar e estar sem fazer nada

Gastar dinheiro em múltiplas actividades quase desde o berço é outras da realidades do mundo moderno contestadas pelos defensores da filosofia da lentidão e do «menos é mais» aplicada à educação. É mais importante que as crianças tenham tempo para actividades livres, não organizadas, do que tenham os dias todos ocupados com actividades estruturadas. Informática e ballet aos três anos parece muito apelativo, mas na verdade não tem vantagens nenhumas, é mais uma despesa e rouba tempo ao que é realmente importante: brincar e interagir, sobretudo com os pais.

Aliviar a pressão de pais hiper-activos

Mais recente foi a pulbicação de «Under Pressure: Rescuing Our Children from the Culture of Hyper-Parenting» (Sob Pressão: como Salvar as Crianças da Cultura dos Hiper-Pais), de Carl Honoré, um dos gurus do movimento Slow. O jornalista e autor de «In praise of Slow» (O Elogio da Lentidão), dedicou-se a analisar a forma como são educadas as crianças na nossa sociedade de consumo, onde a pressa é constante. Honoré considera os pais de hoje hiper-activos e defende que é preciso salvar as crianças desta vertigem constante e devolvê-las à infância - que deve ser um lugar de calma e de tempo a perder de vista.

O autor afirma que a principal razão para escrever este livro foi pessoal, pois precisava de arrumar as ideias de forma a alterar a sua forma de ser pai. Um dia descobriu um livro que resumia histórias infantis clássicas para que os pais pudessem lê-las em 60 segundos, na hora de deitar. A sua primeira reacção foi pensar «Boa ideia!» Então percebeu a loucura em que os pais de hoje andam, ele incluído. Era preciso mudar, a bem dos seus filhos.
Nas sua investigação, visitou creches em Itália e na Escócia, um laboratório de pesquisa de brinquedos na Suécia, escolas na Finlândia e em Hong-Kong, colégios em Inglaterra e nos Estados Unidos, clubes desportivos um pouco por todo o lado. Chegou à conclusão de que a ambição desmedida dos pais que pressionam os filhos, em todas as idades, é um fenómeno global.
O livro procura mostrar como é possível encontrar um equilíbrio no ritmo de vida familiar de modo a que a infância deixe de ser uma corrida para o sucesso. A tentativa constante de dar aos filhos tudo o que há de melhor corta-lhes a possibilidade de aprenderem a tirar partido daquilo que têm. E essa é a melhor lição de vida que podem ter.
Tendo em conta o investimento de tempo, energia e dinheiro que se faz hoje em dia nos filhos, a geração de crianças actual devia ser a mais saudável e feliz de todos os tempos. Mas tal não acontece. Carl Honoré aponta a obesidade por um lado e as crianças que praticam desporto de forma demasiado intensa, por outro. Nem uns nem outros são saudáveis e felizes. E por isso nunca como hoje houve tantas crianças depressivas, ansiosas e com baixa auto-estima. Adoptar um estilo parental mais descontraído, sem pressão e sem pressa, pode parecer difícil. Mas é possível.

Encontro da Liga La Leche e Educação Intuitiva - 12 Dezembro

Dia 12 de Dezembro irão realizar-se os encontros de Liga la Leche das 10h às 11.30 e de Educação Intuitiva das 11.30 às 13h, em Cascais, promovidos pela API Lisboa.

As reúniões de LLL destinam-se a troca de experiências entre mães, tentam-se esclarecer as dúvidas existentes e fornecer informação actual e baseada em evidências cientificas sobre o aleitamento materno.
O encontro de Educação Intuitiva tem como base os príncipios base já focados neste blog, para rever clique aqui.

A API tem como missão instruir e apoiar todos os pais para que consigam criar crianças seguras, alegres e empáticas, com o objectivo de fortalecer os laços familiares e criar um mundo com mais compaixão.Para saber mais sobre a Attachment Parenting visite o site internacional ou então o blogue sobre a API Lisboa, educação intuitiva em Portugal.

domingo, 6 de dezembro de 2009

"O estudo da gramática não faz poetas. O estudo da harmonia não faz compositores. O estudo da psicologia não faz pessoas equilibradas. O estudo das "ciências da educação" não faz educadores.
Educadores não podem ser produzidos. Educadores nascem."
Rubem Alves

Livro sobre Ensino Domiciliar

Um livro sobre o ensino doméstico, desta vez em espanhol!




O livro da ALE (Asociacion para la Libre Educacion), é um compêndio de experiências de famílias espanholas e do resto da Europa, compilado a partir da tradução do livro Learning Unlimited, coordenado por Leslie Barson, que recolheu experiências do Reino Unido, Suíça, França e Alemanha.

O livro também inclui o valioso contributo dos estudos realizados por Paula Rothermel, referência obrigatória no campo do homeschooling europeu, e a contribuição de Madalen Goiria, Professora de Direito Civil na Universidade do País Basco.

Conteúdo: A aprendizagem em casa; Depoimentos de famílias que educam em casa; Exemplos diários de homeschooling; Aprendizagem autónoma no ensino domiciliar; Estudos sobre o ensino doméstico.

A Escola é melhor que o Ensino Doméstico

10 razões

1. A maior parte dos pais foram educados no sistema de ensino público e por isso não são suficientemente inteligentes para educar os seus próprios filhos.
2. As crianças que recebem uma educação personalizada em casa, com aulas individuais ou em pequenos grupos, aprendem muito mais do que as outras, o que lhes dá uma vantagem injusta no mercado de trabalho, e isso seria anti-democrático.
3. Como é que as crianças poderão aprender a defender-se se não lhes dermos a oportunidade de lidar diariamente com a violência escolar?
4. Ridicularização por outras crianças é importante para o processo de socialização.
5. As crianças que frequentam a escola obtêm mais experiência em "Dizer Não" às drogas, cigarros e álcool.
6. A iluminação fluorescente pode ter significativos benefícios para a saúde.
7. Ter que pedir permissão publicamente para ir à casa de banho ensina aos jovens o seu lugar na sociedade.
8. A indústria da moda depende da pressão de grupo que só as escolas podem gerar.
9. A escola é um mecanismo de transmissão cultural, mantendo importantes tradições, como por exemplo as praxes
10. As crianças educadas em casa podem não aprender competências necessárias para as suas futuras carreiras, como por exemplo ficarem sentadas à secretária durante 6 horas por dia.

Original aqui

Corrida dos Ratos

“Corrida dos Ratos” refere-se à gaiola onde os ratos correm dentro dela até ficarem estoirados mas sem nunca chegarem a lugar nenhum.

"Se você observar a vida das pessoas de instrução média, trabalhadoras, você verá uma trajetória semelhante. A criança nasce e vai para a escola. Os pais se orgulham porque o filho se destaca, tira notas boas ou altas e consegue entrar na universidade. O filho se forma, talvez faça uma pós-graduação, e então faz exatamente o que estava determinado: procura um emprego ou segue uma carreira segura e tranquila. Encontra esse emprego, quem sabe de médico ou de advogado, ou entra para as Forças Armadas ou para o serviço público. Geralmente, o filho começa a ganhar dinheiro, obtém um monte de cartões de crédito e começam as compras, se é que já não tinham começado.

Com dinheiro para torrar, o filho vai aos mesmos lugares aonde vão os jovens, conhece alguém, namora e às vezes casa. A vida é então maravilhosa porque actualmente marido e mulher trabalham. Dois salários são uma benção. Eles sentem-se bem-sucedidos, seu futuro é brilhante, e decidem comprar uma casa, um carro, uma televisão, tirar férias e ter filhos. O desejo se concretiza. A necessidade de dinheiro é imensa.

O feliz casal concluiu que suas carreiras são da maior importância e começam a trabalhar ainda mais arduamente, tornam-se funcionários melhores. Voltam a estudar para obter especialização e ganhar mais dinheiro. Talvez arrumem mais um emprego. Seus salários aumentam, mas também aumentam o imposto de renda, o imposto predial da casa, as contribuições para a Segurança Social e os outros impostos. Eles se perguntam para onde todo esse dinheiro vai. Aplicam em alguns fundos mútuos e pagam cinco ou seis anos e é necessário poupar não só para os aumentos das mensalidades escolares, mas também para a velhice.

O feliz casal, nascido há 35 anos, está agora preso na armadilha da Corrida dos Ratos pelo resto de seus dias."

Robert Kiyosaki, “Pai Rico Pai Pobre”.

Curso Primeiros Socorros Emocionais

Curso

Primeiros Socorros Emocionais

Ajudar Grávidas, Bebés e Pais pela Terapia Psico-Corporal
O Stress na Maternidade e Paternidade

Paula Diederichs em Portugal
2010



Untitled-1.jpgForAll – Desenvolvimento Pessoal e Bem-Estar, Lda., apresenta aos técnicos a oportunidade de conhecer e vivenciar uma experiência única no curso de Primeiros Socorros Emocionais segundo o método da Dr.ª Paula Diederichs, Berlim; com a sua presença e supervisão. O impacto que este trabalho pode ter na prática quotidiana dos formandos é de grande relevo e tem-se implementado noutros países da Europa como sendo exemplo a Alemanha e a Áustria.
Para qualquer dúvida contactar pelo e-mail primeiros.socorros.emocionais@gmail.com ou pelo telemóvel 934 472 129.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Vivência Holística da Gravidez e Parto

Vivência Holística da Gravidez e Parto
Preparação para o Nascimento

5/6 e 19/20 de Dezembro
Sintra

Acreditamos que existem outras formas de olhar para a chegada de um novo Ser, de vivenciar a gravidez e de experienciar o parto de forma transformadora e verdadeiramente empoderadora.Neste encontro de preparação para o nascimento, abordamos todos estes temas numa perspectiva holística, à luz da humanização do parto e nascimento, apoiados por evidências cientificas.
Procuramos ajudar a mulher a resgatar a sua essência, encontrando-se a si, ao seu bebé, à sua família como protagonistas do parto.
Recuperamos a confiança na natureza que sempre nos mostrou a capacidade inata que todas as mulheres têm de gerar, dar à luz e nutrir os seus filhos.

Programa do Encontro

A GRAVIDEZ
• Mudanças e Descoberta
• Alívio natural de pequenos desconfortos
• Cuidados naturais durante a gestação
• Nutrição
• Aspectos psicológicos e emocionais: relacionamentos, novos papeis.
O PARTO
• Anatomia e Fisiologia do parto
• Sinais da chegada da hora do parto
• Parto natural e parto com intervenção
• Epidural e as alternativas naturais para o alivio da dor
• O circulo medo/tensão/dor vs confiança/entrega/amor
• Plano de Parto – recomendações da Organização Mundial de Saúde
• A mulher e o bebé protagonistas do parto
• O papel da Doula
• O acompanhante de parto

PÓS-PARTO E AMAMENTAÇÃO
• Desconfortos do pós-parto
• Recuperação abdominal e perineal
• Aspectos psicológicos e emocionais inerentes ao parto e pós-parto
• Importância da amamentação
• Técnicas para lidar com os problemas mais comuns da amamentação
• Cuidados naturais no pós-parto e amamentação.

CUIDADOS COM O BEBÉ
• Preparativos para a chegada do bebé
• Cuidados de higiene
• Olhar, Sentir, Escutar, Tocar
• Dar lugar à intuição

Neste encontro, associamos os conteúdos teóricos, a técnicas de yoga (posturas físicas, exercícios de respiração), técnicas de relaxamento, meditação, dança, expressão plástica e massagem para a mãe e para o bebé
Este encontro pode e deve ser frequentado pelo pai ou por um acompanhante da escolha da mãe, para que no parto possa assumir uma postura de maior confiança dentro da ajuda que pode dar à mãe e ao bebé, com mais ferramentas, conteúdos teóricos e uma percepção renovada do seu papel durante o parto.

Valores de participação:
150,00 € (casal)
120,00€ (individual)
Datas e Horários:
5 Dez (Sáb) - 9h30 às 13h30
6 Dez (Dom) - 9h30 às 13h30 e das 15h00 às 19h00
19 Dez (Sáb) - 9h30 às 13h30 e das 15h00 às 19h00
20 Dez (Dom) - 9h30 às 13h30

Inscrições e outras informações:
doulacarlasilveira@gmail.com
968 221 869

Orientadora: Carla Silveira
Mãe da Maria
Professora de Yoga, orienta aulas de yoga com adultos, grávidas e mães em pós-parto.
Doula da Associação Doulas de Portugal.
Educadora Perinatal formada pelo GAMA (Grupo de Apoio à Maternidade Activa) Membro da Humpar — Associação Portuguesa para a Humanização do Parto.
Terapeuta (reiki e massagem ayurvédica)

Movimento Nascer Melhor

1. Todas as grávidas e acompanhantes têm o direito de ser tratadas com respeito e dignidade, independentemente das suas convicções e opções.
2. Promover um ambiente carinhoso, em que é permitido à grávida expressar a sua forma de ser e de vivenciar esse momento único e tão importante da sua vida, bem como ver respeitada a sua privacidade e conforto, são aspectos essenciais dos cuidados intraparto.
3. O trabalho de parto de início espontâneo que culmina num parto eutócico (parto vaginal sem intervenções) e decorre entre as 37 e as 42 semanas, é actualmente a forma mais segura de nascimento.
4. O recurso ao parto induzido (provocado artificialmente) e à cesariana sem qualquer motivo de saúde, mas apenas por conveniência dos envolvidos, está associado a maiores riscos1,2 e é considerado pela comunidade científica internacional como uma prática injustificada2.
5. O parto é um processo natural que, na maioria dos casos, apenas necessita da vigilância e apoio por profissionais de saúde. Nos casos de baixo risco estes deverão, preferencialmente, ser prestados por um enfermeiro especialista de saúde materna e obstétrica/parteira3.
6. Existem casos, mesmo considerados de baixo risco, em que são necessárias intervenções de saúde para evitar complicações graves decorrentes do parto4. É fundamental assegurar em todos os casos o acesso a tratamentos de urgência qualificados e baseados na evidência científica.
7. A evidência científica actual não apoia como intervenções de rotina nas parturientes de baixo risco: a tricotomia perineal5 (corte dos pêlos púbicos); a utilização sistemática de clisteres6; a utilização sistemática de soros2 , ocitocina2 e a amniotomia (rotura artificial da bolsa de águas) no trabalho de parto2; a restrição da alimentação líquida7; a restrição dos movimentos2; a restrição da posição do parto8; a episiotomia sistemática (corte dos tecidos da vagina na altura do nascimento em todas as parturientes)9; a aspiração sistemática das vias respiratórias no recém-nascido que nasce com boa vitalidade10.
8. A evidência científica actual aconselha como opções benéficas durante o parto nas parturientes de baixo risco a arquitectura não-hospitalar das salas de parto11 e o apoio contínuo durante o trabalho de parto12. Todas as grávidas devem poder contar com o recurso a métodos de alívio da dor durante o trabalho de parto, assegurando-se a disponibilidade dos mesmos assim que a mãe os solicite e o profissional de saúde entenda adequado. O leque de opções neste âmbito deve compreender os métodos farmacológicos (incluíndo a analgesia epidural ou raquidiana) e os não farmacológicos (incluíndo o banho de imersão/chuveiro durante a fase de dilatação13, ou a simples deambulação), privilegiando-se estes últimos como intervenções de primeira linha nas grávidas de baixo risco.
9. As grávidas têm direito a receber informações completas, correctas e não tendenciosas, baseadas na melhor evidência científica disponível sobre riscos, benefícios e alternativas disponíveis para os cuidados de saúde, de forma a tomarem uma decisão informada e, se entenderem, mudarem de opinião relativamente às suas escolhas. É necessário fomentar a avaliação e divulgação dos principais indicadores estatísticos associados ao parto por cada instituição de saúde.
10. O parto é um evento familiar, onde a possibilidade da grávida poder escolher a presença permanente de elementos próximos e de poder contactar precocemente com a restante família são aspectos essenciais para a vivência do momento.
(Nota: as notas que surjem neste texto, remetem para fontes em que assentam as evidências científicas, e estão disponíveis aqui )

• O grupo decidiu divulgar estes princípios a toda a sociedade para avaliar os apoios que lhe seriam concedidos. Depois disso, pretende-se divulgar os mesmos junto das entidades com responsabilidades directas nos estabelecimentos de saúde portugueses.
• Se estiver de acordo com estes princípios, por favor subscreva este documento.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Yoga na gravidez

“(…) Yoga também significa união. Com a divindade, consigo próprio, com o universo, pouco importa que nome se dá à transcendência, o que conta é o desejo de união. Na gravidez, tudo isto faz ainda mais sentido. A viagem para o interior de si que os defensores do yoga tanto apregoam ganha contornos de necessidade, de prática saudável e de método de comunicação pré-natal.

O desenvolvimento da «consciência corporal» - outra das imagens comuns no yoga - ganha realismo, sentido. O desejo de união instala-se com mais força e cresce de dia para dia, reforçando os laços entre mãe e filho. Em suma, o yoga volta a grávida para si própria e para o seu bebé. Ensina-a a focar-se no seu corpo em transformação e a gerir as suas emoções ao longo da gestação. Seja qual for o seu nível de preparação física e mental, o relaxamento profundo proporcionado pela prática do yoga transmite à grávida uma sensação de calma interior e harmonia com o meio envolvente. Haverá algo melhor para sentir durante a gravidez?

Desligar o “interruptor”
(…) À grávida propõe-se que aprenda a descarregar as tensões e a rigidez acumuladas nos músculos e articulações. Sem esforço, sem recorrer a nenhum tipo de sobrecarga, apenas com a ajuda da respiração. «É preciso que ela se concentre no que está a fazer. Afastar-se do que ficou lá fora. (…)

Às grávidas «propomos tranquilidade», elucida Sandra Ribeiro. O yoga ajuda a futura mãe a ultrapassar as transformações provocadas pela gravidez desde o início, proporcionando maior percepção de si mesma e da presença do filho dentro do seu corpo. Em silêncio, invadida por uma paz inebriante, a grávida descobre que consegue comunicar com o seu bebé e que a ligação que os une é tão forte que nada será como antes.

Uma prática suave
Qualquer forma de exercício físico praticado durante a gravidez deve ser tão leve quanto possível, de forma a não ultrapassar os limites do que é confortável para a grávida. O yoga não é excepção. As posturas a treinar devem ser as mais simples de todas e as que menos esforço exigem. No entanto, isto não significa que a grávida tenha de ficar sempre em posição de meditação, sem se mexer. Partindo do pressuposto de que as posições praticadas ajudam a grávida a melhorar a sua postura, a andar com menos esforço, a sentar-se com as costas direitas e a distribuir o peso pelo corpo, o objectivo é adaptar a grávida às mudanças da gestação. Durante os exercícios, aprende a concentrar-se na respiração. Os suaves movimentos que ocorrem quando respira fundo e se liberta das tensões criam uma sensação de leveza e liberdade. Nestes momentos, mãe e filho estão intensamente unidos, isolados de todas as interferências.

A relação com a força da gravidade torna-se mais clara para a grávida, ela aprende a sentir-se mais leve. A coluna vertebral ganha flexibilidade e liberta-se da rigidez acumulada.

O yoga ensina às grávidas como obter conforto ao longo dos nove meses de gravidez. Um sentimento que não é apenas físico. O objectivo não é criar uma barreira contra o mundo exterior, mas aprender a não deixar que a impressão digital desse mundo, que se sente todos os dias na pele, nos músculos, nas articulações, condicione a nossa paz interior. É isto que o yoga oferece à grávida:

•Mais tempo para si e para o seu bebé
•A oportunidade de viver momentos de silêncio e de paz
•A possibilidade de desenvolver a sua capacidade de concentração
•Aprender a relaxar
•Aprender a gostar mais de si própria“

artigo completo, aqui

O medo do parto

“«As mulheres crescem a ouvir histórias terríveis sobre o parto», afirma Luísa Condeço, doula e co-fundadora da Associação Doulas de Portugal. «Às vezes, é para alguém exorcizar o seu próprio parto traumático, outras vezes é apenas porque sim, porque faz parte do ritual de passagem.»

O medo da dor
O trabalho das doulas passa muito pelo desmistificar de ideias feitas, com a ajuda de evidências científicas, e pela mentalização positiva. Em relação à dor, «explicamos que a melhor estratégia para enfrentar a dor é encará-la como uma aliada, sempre partindo do princípio que ela pode ou não existir. É óbvio que não podemos dizer que não vai doer, mas podemos ajudar a grávida a encará-la de uma forma positiva», conta Luísa Condeço. «Esta dor deve ser a única que não significa que alguma coisa está mal no nosso corpo. Pelo contrário, esta dor significa que o nosso corpo está a fazer o seu trabalho. A dor tem uma função fisiológica, leva a mulher a descontrair-se entre as contracções, a libertar analgésicos naturais e conduz a um estado alterado de consciência. Isto não acontece se a mulher estiver tensa desde o início. Se estiver preocupada em combater a dor, está a enfatizar essa dor. Se aceitarmos a dor, ela é relativizada e consegue-se descontrair, relaxar entre contracções, contribuindo para uma maior libertação de occitocina», explica Luísa. «Mostramos também que a Natureza é sábia: deu-nos as contracções para nos ajudar, mas também nos deu os intervalos entre elas, para podermos descansar, respirar fundo. Temos de saber aproveitá-los».

O medo do desconhecido

A nossa sociedade afastou-nos tanto da Natureza, que nos afastou do nosso próprio corpo. «Estamos muito longe do nosso lado mais biológico, mais animal», afirma Luísa. A ignorância das mulheres sobre o seu corpo não ajuda. Não aprendem a ouvir o seu corpo, não testemunham o nascimento de crianças próximas, só conhecem as histórias terríveis, de modo que o desconhecido faz nascer, muitas vezes, medos infundados», defende.

O medo do hospital
Se por um lado o hospital oferece segurança à maior parte das mulheres, por outro pode ser um motivo de angústia, de receios. «Saber que se vai estar em trabalho de parto num ambiente sem privacidade, saber que se vai estar sujeita a procedimentos assustadores é seguramente um motivo para ter medo. Não acredito que haja uma mulher que não tenha medo de uma episiotomia. O medo do hospital pode também vir na sequência de um primeiro parto traumático», conta Luísa Condeço. «Cada vez mais, as mulheres sentem que têm o direito de fazer escolhas. E é isso que lhes mostramos», acrescenta.

Os medos escondidos

Mas há outros medos escondidos: a vergonha (que é o medo de perder a compostura); o medo da separação do bebé; a angústia de deixar de ser apenas filha para passar a ser também mãe. «O parto coloca-nos perante nós mesmas. Isso pode ser assustador. Mas podemos ficar com mais força, se deixarmos vir ao de cima o nosso lado mais primitivo», afirma Luísa Condeço.

O efeito do medo

É consensual que o medo e a expectativa que temos em relação ao parto condiciona a forma como este se desenrola. «Penso que o medo pode condicionar a progressão do trabalho de parto, sim, há algumas evidências nesse sentido. A explicação fisiológica é que o medo faz subir os níveis da adrenalina, o que faz diminuir os níveis da occitocina, a hormona responsável pelas contracções», explica Diogo Ayres de Campos (director do Serviço de Obstetrícia do Hospital de S. João).“



fonte

Doulas

“Nos antípodas da visão estritamente médica e hospitalar do parto, está a forma como as doulas encaram o momento de pôr no mundo uma criança. Não querem impor um modelo, pois defendem sobretudo que a mulher possa ser «dona» do seu parto. Mas querem que possa ser informada de todos os riscos e benefícios, bem como da verdadeira necessidade de todas e de cada uma das intervenções médicas que se fazem no parto hospitalar. Querem que cada mulher possa escolher, depois de devidamente informada, a forma como gostaria de dar à luz. Querem que essa vontade seja respeitada. Querem que possa ser acompanhada por alguém que esteja ali, com paz e tranquilidade, só para ela.

O que não é fácil, em ambiente hospitalar. Luísa Condeço e Carla Guiomar, as primeiras doulas portuguesas, têm consciência dessa dificuldade, mas não deixaram de meter mãos à obra. «Sabemos que temos de ir devagar, temos noção de que estamos a lutar contra a corrente, mas não temos pressa. E temos sinais de que este caminho faz sentido para muita gente. As pessoas que nos procuram são cada vez mais», declara Luísa, optimista.

Michel Odent, o famoso obstetra que revolucionou a obstetrícia nos anos 60 e 70, introduzindo o parto na água e salas de parto com ambiente familiar, na sua unidade do Hospital Pithiviers, em França, e Liliana Lammers, uma experiente doula, deram a Luísa e a Carla a formação necessária para se lançarem, com segurança, na aventura de se tornarem doulas e de, além disso, criarem a associação sem fins lucrativos Doulas de Portugal.

O parto decide-se na cabeçaApesar de o apoio das doulas se centrar na parte psicológica e emocional, a sua formação dá-lhes bases teóricas sobre o desenrolar do trabalho de parto e os processos fisiológicos que acontecem em cada uma das suas fases. São treinadas para reconhecer os sinais de que tudo está bem, para o caso de acompanharem o trabalho de parto em casa, seja apenas a dilatação seja também a expulsão. «Depois de alguma experiência, o parto é como uma música que aprendemos a reconhecer. Cada mãe é única, mas o parto tem fases que são sempre iguais e que é possível identificar pelos sinais que a mulher dá, pelas posições em que se põe, pelo seu estado geral», explica Luísa. Mas para que assim seja, é preciso que não existam intervenções externas: «A partir do momento em que se liga a mãe ao CTG, em que se faz um toque de hora a hora, em que existem luzes muito fortes, em que se obriga a grávida a estar sempre deitada, está-se a perturbar o processo, a interferir com a produção natural de occitocina, a hormona que estimula as contracções e permite a progressão da dilatação».
Porque o parto também se decide na cabeça, estas doulas sabem que já contribuíram para mudar muitas histórias de parto. E porque este é um momento único, apesar de ser um milagre banal, a sua vida também mudou e continua a mudar de cada vez que ficam para a história.“

É interessante ler o artigo completo

fonte

sábado, 21 de novembro de 2009

X Campo de Trabalho - Vamos defender os direitos humanos


Entre os dias 28 de Novembro e 1 de Dezembro, a Amnistia Internacional Portugal, em colaboração com a Câmara Municipal de Torres Vedras, vai organizar o 10º Campo de Trabalho “Vamos Defender os Direitos Humanos”.


Inscreve-te até ao dia 22 de Novembro e participa!

Durante quatro dias, jovens de todo o país, com idades entre os 15 e os 18 anos, vão poder dedicar-se exclusivamente ao debate de temas relacionados com os Direitos Humanos.
O trabalho da Amnistia Internacional e o papel dos Jovens no activismo são alguns dos temas a serem abordados. Haverá ainda tempo para pensar sobre problemas mais concretos de Direitos Humanos, como a Discriminação, a Pobreza e a Pena de Morte.

Este ano o Campo de Trabalho vai decorrer na Colónia de Férias da Praia Azul, perto de Torres Vedras, numa parceria com a Câmara Municipal local.

A inscrição tem um custo de 30 euros por participante, o que inclui materiais, alimentação, alojamento e transporte no local.

Vem aprender mais sobre os problemas que se vivem no Mundo e perceber como todos nós, juntos, podemos fazer a diferença.

Inscreve-te até ao dia 22 de Novembro e participa!

Programa e Ficha de Inscrição

Mais informações pelo email campodetrabalho@amnistia-internacional.pt
Para esclarecimentos adicionais contactar Luísa Marques ou Fernando Marques pelo 213 861 652.

Co-Sleeping

Ensinaram-nos que os bebés devem dormir no seu berço e mais crescidos na sua cama. Que dormir com os pais é um péssimo hábito. Que os torna dependentes e mimados. Que devemos ensinar os nossos fihos a dormir a noite inteira, sozinhos nos seus quartos. Aliás, é a pergunta que mais nos fazem quando temos um bebé: «Já dorme a noite inteira?»


É cultural esta tendência para tornar desde cedo as crianças autónomas dos pais. Uma necessidade para quando tem de se trabalhar o dia inteiro longe dos filhos. Noutras culturas, não é assim. A autonomia conquista-se gradualmente, não é imposta, não é «ensinada». Por isso, há quem defenda que o sono seja partilhado, ou seja, que as crianças possam dormir com os pais enquanto isso lhes der segurança e conforto. Em inglês, chamam-lhe co-sleeping, uma prática que parece ter cada vez mais adeptos, segundo estudos realizados nos EUA. Contra a corrente, são poucos os pediatras ou especialistas em desenvolvimento infantil que o defendam. Mas já existem.

No site do reconhecido pediatra William Sears, foi publicado um artigo que aponta os principais benefícios, a nível de saúde e de desenvolvimento, do co-sleeping. Na sua opinião não há um sítio correcto para o bebé dormir. São os pais que têm de descobrir o que é melhor para o seu bebé. Para que saiba que há diferentes formas de pensar e actuar, deixamos-lhe um resumo dos benefícios apontados:

Os bebés dormem melhor

Os bebés que dormem com os pais adormecem mais facilmnente e dormem melhor. Adormecer nos braços da mãe ou do pai é um prazer e dá ao bebé a noção de que o sono é bom e desejável. Por outro lado, quando está na transição do sono profundo para o sono leve, o que o faz acordar várias vezes durante a noite, a presença dos pais, fá-lo sentir-se seguro para voltar a entrar no sono profundo. Ou então talvez precise de mamar um bocadinho e rapidamente voltar a dormir. Nem a mãe nem o bebé chegam a acordar completamente, ou seja, descansam mais e melhor.

As mães dormem melhor

Mães e bebés entram em sincronia nos seus ritmos de sono. Há mães que relatam como acordam exactamente antes de o seu bebé abrir os olhos. Pelo contrário, mães que dormem em quartos separados relatam como acordam abruptamente com o choro do bebé. A mãe não acorda aos primeiros movimentos do bebé e este tem de acordar completamente e chorar bem alto para que o ouçam. Depois de o bebé voltar a dormir a mãe está completamente acordada e tem muitas vezes dificuldade em voltar a adormecer. Perde muito tempo de sono e de manhã está exausta. Muitas noites assim, com despertares abruptos e repentinos de estados de sono profundo, levam à situação em que muitos pais se encontram de privação do sono e exaustão.

Facilita a amamentação

As mães que amamentam sabem que dormir com os bebés é a forma mais fácil de o fazer. Os bebés voltam a entrar facilmente no sono profundo depois de mamar ¿ nem chegam a acordar - e as mães, não tendo de sair da cama, levantar-se, também ficam menos despertas. Tal como os bebés voltam a entrar facilmente no sono.
Mães que sentem dificuldades na amamentação durante o dia, podem resolvê-los dormindo com os seus bebés. Sears acredita que os bebés sentem as mães mais descontraídas e que produção das hormonas envolvidas na produção do leite é mais eficaz quando a mãe está descontraída ou mesmo adormecida.
Compensa o tempo em que estão separados
Trabalhando o dia inteiro longe dos bebés, dormir com eles de noite é uma forma de voltarem a estar unidos e compensarem o tempo em que não puderam tocar-se durante o dia. A mãe descontrai mais e o bebé também.

Os bebés crescem mais

Depois de trinta anos de observação em consultório de famílias que praticam o co-sleeping, Sears afirma que os bebés crescem mais não apenas em tamanho, mas atingindo todo o seu potencial de crescimento, tanto a nível físico, como emocional e intelectual. Talvez seja o toque, pele com pele, que estimula o desenvolvimento. Ou talvez as mamadas extra... já que estes bebés mamam mais do que os que dormem em quartos separados.

Bebés e pais ficam mais ligados

É outras das observações do pediatra. Na sua base de dados «Crianças que crescem bem, o que fazem os pais» o co-sleeping é muito frequente. A vinculação torna-se mais forte e evidente.

Reduz os riscos de Síndrome da Morte Súbita

A segurança é uma das razões que leva muito pais a deitar o bebé no berço ou noutra cama. Porque há o medo de sufocar o bebé. Mas os mais recentes estudos apontam para o contrário: bebés que dormem com os pais estão menos sujeitos à Síndrome da Morte Súbita. As excepções são: pais fumadores ou que consomem bebidas alcoólicas.
Uma opção para quem quer ter o bebé junto a si de noite, mas com mais espaço é baixar uma das grades da cama do bebé e juntá-la à cama de casal. Assim é fácil tocar no bebé e puxá-lo para si para mamar, mas existe mais espaço e o sono pode ser mais tranquilo.

Para terminar, o especialista alerta para o facto de o co-sleeping não ser uma regra. Tem benefícios mas é apenas uma opção. Aos que têm medo que os bebés fiquem tão habituados que depois nunca mais queiram ir para o quarto deles, diz: «Os bebés vão deixar a cama dos pais naturalmente tal como deixam de mamar. Normalmente isso acontece por volta dos dois anos.

Para saber mais: www.askdrsears.com

 Fonte: http://www.mae.iol.pt/artigo.php?id=1067652&div_id=3646

Educação Intuitiva

«As pessoas que tentam respeitar as crianças enfrentam sérias dificuldades, não dês tanto colo, não dês de mamar à noite, estás a estragá-lo com mimos, chorar faz bem, deixa-o adormecer sozinho, eles têm muitas manhas, isso não é fome é mimo... são frases comuns que traduzem a forma como na nossa sociedade é regra educar uma criança. O objectivo principal é a independência, a autonomia, como se fosse suposto uma criança tornar-se independente na primeira infância» (Natália Fialho)
«É suposto uma criança ser dependente e prefiro que seja dependente de mim do que de alguém que eu não conheço. Além disso, a independência tem de vir da segurança interior e essa só se consegue com o tempo e com respostas positivas às necessidades de um bebé. Não está previsto pela natureza uma criança de três anos sair para caçar quando tem fome! É natural que sejam dependentes!». (Natália Fialho)

Respeitar as crianças é fácil se fizermos o exercício de nos pormos no lugar delas. E se conseguirmos lembrar-nos da nossa infância. «Baixarmo-nos para conversarmos olhos nos olhos, ouvirmos o que nos dizem, em vez de ditarmos ordens de cima, será um bom princípio», aconselha Natália.

Dentro da sua realidade e do seu dia-a-dia, cada mãe / pai pode retirar da Educação Intuitiva aquilo que se insere nos seus valores, aquilo que para si funciona e faz sentido. «É uma caixinha de ferramentas para o dia-a-dia. Cada um usa as que quer».

Dentro da sua realidade e do seu dia-a-dia, cada mãe / pai pode retirar da Educação Intuitiva aquilo que se insere nos seus valores, aquilo que para si funciona e faz sentido. «É uma caixinha de ferramentas para o dia-a-dia. Cada um usa as que quer». Descubra então que ferramentas são essas e como podem funcionar no seu filho, através dos oito princípios da Educação Intuitiva que Natália Fialho ajudou a trocar por miúdos:


1- Preparação para o parto e para a maternidade/paternidade:
Passa por descobrir como são cruciais o tempo da gravidez, a forma como decorre o parto, e as primeiras horas e dias de vida. Conhecer as opções que se tem em termos de cuidados de saúde, descobrir como certas práticas podem condicionar a vinculação precoce, como é importante respeitar também nesta fase o ritmo do bebé.
Comer bem, fazer exercício, optar por uma boa qualidade de vida também passam por esta preparação.
Pressupõe também que é muito importante abrir espaço para uma criança nas nossas vidas. E para pensarmos que tipo de pais quermos ser. Durante a gravidez, pensa-se em muitas coisas, mas muitas vezes esquece-se o mais importante. Vale a pena discutir com outros pais, pesquisar opções, estabelecer expectativas realísticas ¿ tanto para o desempenho como pais, como para as crianças ¿ aprender mais sobre desenvolvimento infantil.

2- Alimentar com amor e com respeito

A API foi criada em estreita ligação com a organização não governamental Liga La Leche. Ou não fosse a amamentação uma forte aliada de uma vinculação segura. Amamentar em horário livre, até quando for compensador para a mãe e para o bebé é, por isso, outro conselho da Educação Intuitiva.
Com base nos mais fundamentados estudos científicos, que levam por exemplo a Organização Mundial de Saúde a recomendar a amamentação exclusiva até aos seis meses e como complemento até aos dois anos, os grupos de apoio da API (tal como as reuniões da La Leche League) dão apoio a mães com dificuldades em levar por diante o desejo profundo de amamentar.
«As mulheres não têm noção, na primeira gravidez, de como as influências exteriores podem condicionar a amamentação. Começa logo no Hospital, depois do parto, quando não existe um verdadeiro apoio e o biberão surge à primeira dificuldade. Quando não corre bem, quando acabam por desistir, isso marca profundamente as mulheres», afirma Natália.
Porque os profissionais de saúde nem sempre estão actualizados e nem sempre têm formação indicada para fazer este acompanhamento, ter alguém que já amamentou, que tem uma experiência positiva e que tem formação de uma organização especializada pode fazer toda a diferença.
«Muitos conselhos dados por pediatras a mães que amamentam não têm qualquer base científica. Dizer que não vale a pena dar de mamar depois dos seis meses, que não tem qualquer benefício e que até pode ser prejudicial é não saber do que se está a falar», afirma Natália.
Em relação a outros conselhos, que toda a gente gosta de dar, «digo sempre às mães para tentarem perceber se a experiência de amamentação das pessoas foi positiva». As pessoas não são isentas, as suas experiências condicionam aquilo que defendem.
Mas a Educação Intuitiva também tem conselhos para a fase de introdução dos sólidos que vale a pena, pelo menos, conhecer. Não forçar uma criança a comer é um deles.

3- Responder às necessidades emocionais da criança

Passa por transmitir segurança, por não deixar o bebé chorar sozinho porque lhe faz bem ou por acharmos que está a ficar mimado. Ser sensível e atento às necessidades de um bebé ou criança pequena exige muita disponibilidade por parte dos pais.
Este é um dos pontos que gera muitas críticas à Educação Intuitiva. Há quem defenda que gera mais ansiedade, por se exigir demasiado, sobretudo das mães.
Mas os defensores da Educação Intuitiva consideram um ponto fulcral para a vinculação segura. Só assim o bebé vai desenvolvendo confiança, segurança, auto-estima e uma autonomia saudável. Porque vai ganhando o seu espaço, sabendo que existe o tal «porto seguro» ao qual pode sempre voltar.

4- Promover o contacto físico

A Educação Intuitiva realça a importância do contacto físico para o estabelecimento de uma vinculação segura. Por isso aconselha que se transporte o bebé ao colo, num sling, pano porta-bebés ou canguru. Esta é uma boa forma de compensar as ausências, mesmo dentro de casa, se temos de fazer outras coisas. As mãos ficam livres, mas o bebé está colado à mãe ou ao pai. As massagens ao bebé são também um óptimo alimento para a vinculação segura.
O contacto físico promove as hormonas do crescimento, o desenvolvimento físico e intelectual, ajuda o organismo do bebé a regular a tempertaura e o ritmo cardíaco, bem como os padrões de sono. Os bebés ganham peso mais rapidamente, comem melhor, choram menos e são mais calmos.
Portanto, se ainda acredita que muito colo pode ser prejudicial, talvez deva pesquisar um pouco e reflectir sobre a importância do contacto físico. Mesmo mais tarde, ao longo de toda a infância.
Culturas em que o contacto físico com os pais é grande durante a infância têm baixos níveis de violência física.

5- Responder às necessidades nocturnas das crianças

Este é um dos pontos mais controversos da Educação Intuitiva. Pressupõe que os pais devem responder às necessidades nocturnas dos filhos ¿ sejam elas afectivas ou de alimento. E se isso passar por dormirem com os filhos, que assim seja.
Normalmente, o objectivo principal de qualquer mãe ou pai é que o bebé passe o mais cedo possível a dormir sozinho, durante toda a noite. Segunda a Educação Intuitiva, é esperar uma coisa que não é suposto acontecer. Isso gera frustrações, conflitos, cansaço acumulado, noites mal dormidas.
Quando perguntam a Natália se o seu bebé dorme bem, ela costuma responder que «sim, dorme bem até acordar». Ela não espera que ele não acorde. Dorme com ele ao lado e dá-lhe de mamar semrpe que ele pede.
«Sim, às vezes é cansativo», reconhece. «Mas acho que deve ser muito mais cansativo levantar-me e ir dar e mamar noutro quarto. Quem defende muito a importância do descanso das mães deve pensar que ao dormirem com o bebé ao lado descansam, na realidade, mais», garante.
Esta é uma opção que não é rígida. Há bebés que adormecem muito bem no seu berço sozinhos e a partir de certa idade raramente acordam. Aí é tranquilo que durmam no seu quarto, sozinhos. Há pais que optam por deixar as crianças no seu quarto a primeira metade da noite e depois, quando acordam, passá-las para a sua cama.
O co-sleeping até pode passar apenas por ficar com a criança na sua cama enquanto ela adormece. E voltar lá durante a noite, se for necessário.
«Os adultos também não gostam de dormir sozinhos. Então porquê obrigar as crianças a dormir sozinhas, se não estão preparadas para isso, se não têm segurança emocional parta tal?» pergunta Natália.
Por outro lado, «se passamos muito tempo longe dos filhos de dia, porque não compensar à noite? Porque não dormir com eles ou adormecer junto deles, se assim necessitarem?»

6- Garantir proximidade

Se nem o pai nem a mãe podem ficar a tempo inteiro com o bebé, então devem procurar uma solução que passe por haver uma terceira pessoa que também possa criar laços fortes com ele.
Os pais devem ser criativos na procura de soluções. Se calhar é possível trabalhar algum tempo a partir de casa. Ou levar o bebé em algum tipo de deslocações. Devem adaptar-se ao facto de serem pais e não encaixar o bebé numa agenda super-ocupada.
Em Portugal, isto ainda parece uma utopia. Horários muito rígidos, reuniões fora de horas, fazem com que as crianças passem demasiadas horas longe dos pais.
«Isso não é conciliar a vida familiar com a profissional. É deixar para a família o pouco que sobra. Eu não quero que os meus filhos alguma vez pensem que o meu trabalho é mais importante do que eles», afirma Natália. Uma vinculação segura exige muito tempo com as crianças. E um bebé necessita de relações fortes.
Evitar separações prolongadas é outro dos pressupostos da Educação Intuitiva. As separações frequentes ou prolongadas podem interferir com o desenvolvimento de ligações seguras.

7- Praticar a disciplina positiva

Deixar as crianças participar na solução de um problema é uma maneira de as deixar mais predispostas a segui-la. Fazer com elas um cartaz com a rotina da hora de deitar, por exemplo. Deixá-las consultá-lo e seguir a sequência, descobrindo elas o que vem a seguir a lavar os dentes e o que fazer a seguir à história. É como um jogo que as envolve e que pode evitar algum desgaste.
Quando vamos sair de um sítio onde as crianças estão muito bem a brincar, não devemos dizer de repente, está na hora de ir embora e arrastá-las por um braço porque não querem ir. As crianças envolvem-se muito nas brincadeiras e têm dificuldade em fazer uma transição de actividade. Devemos prepará-las e deixá-las participar. «Vamos combinar uma coisa: está quase na hora de ir embora, mas tu é que vais avisar a mãe. Quando acabares este puzzle, ainda podes fazer mais aquele e depois vais chamar a mãe para irmos embora, combinado?» Esta é uma forma quase garantida de evitar conflitos.
Mas os conflitos também vão acontecer. Nessa altura, a disciplina positiva propõe ensinar as crianças a respeitar todas as pessoas, como nós as respeitamos e elas. Se o seu filho bateu noutra criança no parque, em vez de o tratar como um agressor, de o envergonhar e de tratar o outro como uma vítima, deve tentar perceber o que motivou a agressão. Explicar que conversando se consegue resolver melhor os problemas. Em vez de o obrigar a pedir desculpa (que são aquelas desculpas impostas e não vêm de dentro, é como os beijinhos que os obrigamos a dar às tias chatas) tente resolver, respeitando todas as partes. E não impondo o seu poder. Deixar que as crianças tenham algum poder dá-lhes auto-estima, mas também as obriga a pensar nas consequências dos seus actos.

8 - Não aos castigos

Não castigar é outro dos princípios da educação positiva. Na opinião de Natália Fialho, devemos perguntar-nos qual a motivação de uma criança castigada para deixar de ter determinado comportamento. Se queremos que deixe de bater no irmão porque tem medo do castigo que os pais lhe darão a seguir, o castigo é eficaz. «Mas eu prefiro que o meu filho não bata no irmão porque sabe que o magoa e que deve respeitar os outros. Pode dar mais trabalho, mas eu acho melhor», afirma Natália.
Por outro lado, quando pomos uma criança de castigo, dizendo-lhe para pensar no que fez, devemos ter em mente que o pensamento é incontrolável. E que uma criança que é posta de castigo pensa em primeiro lugar na vingança ou então no quanto é má pessoa. Depois entra num ciclo: «se sou má pessoa (que é a imagem que muitos pais dão dos filhos), vou comportar-me tal».
Não confundir com permissividade.
Se por esta altura está a pensar que a Disciplina Positiva pode levar à permissividade, saiba que não é de todo essa a ideia. O facto de dar às crianças poder e participação nas decisões ou o facto de não contemplar castigos não significa dar-lhes margem para fazer tudo o que lhes apetecer. Jane Nelsen, que faz parte da API, define desta forma a barreira entre disciplina positiva e permissividade: «a gentileza e a firmeza são igualmente importantes na disciplina positiva. O castigo / punição servem para fazer as crianças "pagar" pelo que fizeram, enquanto a disciplina positiva ajuda as crianças a "aprenderem" com o que fizeram, ao tentarem encontrar possíveis soluções e ao utilizarem o seu poder de um modo "útil" (...) Assim não precisam de usar o seu poder para a rebelião.»

9- Procurar o equilíbrio entre vida familiar e pessoal
O mundo ideal, em que os interesses de todos os membros de uma família são todos os dias respeitados, não existe. Mas podemos procurar um equilíbrio entre aquilo que acreditamos ser melhor para os nossos filhos e aquilo que são os nossos interesses pessoais.
As necessidades das crianças devem ser uma prioridade e quanto mais novas mais intensas e de resolução urgente são essas necessidades. No entanto, há outros mundos, o da mãe, o do pai, o do casal, o dos irmãos. É preciso procuar um equilíbrio onde todos possam ser respeitados.
Família alargada e redes de apoio local podem ser uma grande ajuda na procura deste equilíbrio. Não se anule e não esqueça os outros membros da família.

Fonte: http://www.mae.iol.pt/artigo.php?id=1048345&div_id=3642

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Permacultura

Pontos fundamentais da Permacultura - a cooperação com a natureza

"Os pontos fundamentais são definidos assim:

1 - O cuidado com o planeta Terra - Essa é uma afirmação simples e profunda, com o intuito de guiar nossas ações para a preservação de todos os sistemas vivos, de forma a continuarem indefinidamente no futuro.

Isso pressupõe uma valorização de tudo o que é vivo e de todos os processos naturais.

A árvore tem valor intrínseco, é valiosa para nós, não somente pela madeira ou pelos frutos, porque é viva e realiza um trabalho que proporciona a continuidade da vida no planeta.

Assim, também têm valor a água, os animais, o solo e toda a complexidade de relações entre organismos vivos e minerais existentes na Terra.

2 - O cuidado com as pessoas - O impacto do ser humano no planeta Terra é, sem dúvida, o mais marcante.

(...) Somos 6 bilhões habitando na superfície terrestre.

Assim, se pudermos garantir o acesso aos recursos básicos necessários à existência, reduziremos a necessidade de consumir recursos não-renováveis.

Portanto, os sistemas que planejarmos devem prover suas necessidades de materiais e energia, como, também, as necessidades daquelas pessoas que neles habitam.

3 - Distribuição dos excedentes - Sabemos que um sistema bem planejado tem condições de alcançar uma produtividade altíssima, produzindo assim um excesso de recursos.

Portanto, devemos criar métodos de distribuição eqüitativos, garantindo o acesso aos recursos a todos que deles necessitam, sem intervenção de sistemas desiguais de comércio ou acumulação de riqueza de forma imoral.

Qualquer pessoa, instituição ou nação que acumule riqueza ao custo do empobrecimento de outras está diminuindo a expectativa de sustentabilidade da sociedade humana.

4 - Limites ao consumo - Isso requer um repensar de valores, um replanejamento dos nossos hábitos e uma redefinição dos conceitos de qualidade de vida.

Alimento saudável, água limpa e abrigo existem em abundância na natureza; basta que com ela cooperemos.

Como ilustração, podemos citar algumas máximas da Permacultura:

a) O problema é a solução;

b) Substituir altos investimentos e trabalho por planejamento e criatividade;

c) A diversificação garante a estabilidade;

d) A estabilidade vem quando se fecham os ciclos;

e) Os problemas são basicamente domésticos e podem ser resolvidos no nível doméstico;

f) Todo sistema deve produzir mais energia do que consome;

g) Visa-se cooperação em vez de competição, integração em vez de fragmentação.

Permacultura é um caminho, uma filosofia de vida. Está pautada em grandes princípios e é extremamente prática abrindo um grande campo de estudo, aprendizado e trabalho."

fonte : http://permaculturaportugal.ning.com/

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Intolerância...expressão de violência

Deparo-me todos os dias com a falta de respeito pelo outra na escola. Num primeiro plano, erradamente, virei-me contra a educação das crianças e do meio dificil onde vivem...mas ao viver estas problemáticas no dia a dia penso como resolver esta questão bem mais profunda do que pensava, como resolver a intolrência quando ela parte da própria escola, do seio dos seus trabalhadores? Como trabalhar o respeito pelo outro entre os alunos quando os exemplos são todos contrários ao que lhes mostro? A intolerância é mais do que uma expressão de violência, um seio onde germinam todas as outras formas de violência, fisica ou psicológica.

"O verbo "tolerar" é capicioso: tanto pode dar a entender a atitude de quem é tolerante, no sentido de paciente, compreensivo, aberto ao "normal", quanto pode dar a entender a atitude de suportamento, de alguém que se submeta a conviver com algo que lhe é avesso, mas não reage negativa e opositivamente.

Quando se discute a diversidade, em geral se discute, também, a tolerância. Fala-se em tolerância religiosa, em tolerância política, em tolerância sexual, em tolerância étnico-racial... Em suma, fala-se, quando do encontro com a diferença, diversidade, correlacionando-a com o sentimento de tolerância. Mas não se questiona a concepção de tolerância que aí está implítica. O que se pode ter, então, é o simples suportamento, sem uma ação positiva, pró-ativa, verdadeiramente construtora da inclusão e de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.

A intolerância é umas das expressões da violência – entendida como a ruptura das relações harmoniosas, justas e fundadas no diálogo e no respeito ao outro. E por ser uma das formas da violência, há que se interpelar sobre suas implicações e as exigências para que a real tolerância seja efetivada, sobretudo nos meios escolares e/ou acadêmicos.
Françoise Hèritier, em seu artigo "O eu, o outro e a tolerância" (1999), coloca-se a interrogação de ser possível a intolerância para com os intolerantes. Afinal, se o intolerante mina os valores e os princípios da diversidade, da inclusão, se lhe for permitido (mediante a tolerância) que continue a vivenciar seus princípios e valores contrários à democracia, não se estaria permitindo que essa mesma democracia fosse vilipendiada?
A tolerância, portanto, exige uma "não-violência ativa", que fora apregoada por líderes como Gandhi, Luther King e outros. A tolerância aponta para o diálogo, a simetria das relações, o respeito mútuo, em que o outro é tratado como igual, apesar de suas idiossincrasias, especificidades, diferenças. Ser tratado como igual por sua humanidade e a exigência de respeito que a dignidade humana impõe a todo outro humano – o ser tratado, sempre, como fim e, jamais, como meio (como recomendava Kant).

Essa abordagem sobre a tolerância é importante para os tempos atuais, em que, a despeito do discurso da globalização, e sua inerente ruptura de fronteiras e o contato – muitas vezes forçado – com o diferente, ao contrário do que se poderia esperar, verificam-se os acirramentos da intolerância. Pode-se especular sobre as raízes da intolerância, manifestada em atitudes e ações violentas: seria o medo do diferente? Seria o receio de perder qualidade de vida e privilégios? Seria a pura e simples incapacidade de conviver com costumes diversos? Seriam o egoísmo e o etnocentrismo naturais, de pessoas e grupos homogêneos?

Aqui, todavia, não se quer discutir a tolerância (ou a intolerância) em toda a sua magnitude, mas restrita ao âmbito educacional – mais propriamente, escolar.

Até o momento em que a criança é encaminhada a uma instituição educacional – pensemos na primeira série do Ensino Fundamental – ela compartilha da cultura e, portanto, dos valores que aqueles mais próximos lhe incutem, contínua, ainda que assistematicamente. É certo que há uma modelagem feita pelos meios de comunicação. Não há que se descartar, todavia, que, mesmo os meios de comunicação de massa veiculam um padrão cultural forjado no modelo ocidental – que é, em verdade, o modelo espetaculoso norte-americano (e europeu), capitalista, neoliberal. Essa modelagem cognitiva imprime, na pessoa ainda em desenvolvimento, uma compreensão unívoca do mundo: padrões únicos de beleza, de valores (éticos, morais, culturais, econômico-financeiros...), de instituições, de significados... Enfim, uma compreensão do mundo como tendo apenas uma faceta, com o descarte ou a negação da diversidade.

Pode-se reconhecer que toda cultura, toda sociedade, todo grupo estabelece um padrão a partir do qual forja sua identidade, nem que seja pela oposição, pela diferenciação – os limites colocados pelas "fronteiras" do etnocentrismo, reforçado pelos estereótipos e preconceitos. A sociedade, o grupo, estabelecendo um padrão pelo qual os seus integrantes são reconhecidos, paradoxalmente, também estabelece padrões pelos quais se pode reconhecer o "Outro", o diferente, o estrangeiro, o alienígena – o alien, que não é um simples alter, representando, pois, uma ameaça.
Pois bem. As práticas educacionais focam, a despeito de toda a sua argumentação, a inserção – de maneira competente – de um indivíduo à sociedade à qual pertence ou deve pertencer. Os objetivos expressos nas várias legislações escolares (sobretudo a Lei 9.394/96, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) apontam o desejável como resultado do processo educacional: a aquisição de capacidades, habilidades, competências, sejam cognitivas, sejam instrucionais, sejam sociais, sejam relativas à cidadania. É aí que alguns dilemas se colocam.
Primeiro. A instituição escolar deve, sim, formar os futuros cidadãos de um país, e para isso deve ensinar-lhes a História do país, a Geografia do país, a língua e a Literatura do país. É certo que esses conteúdos não são passados de maneira neutra, mas veiculam, juntamente, valores alinhados com os recortes privilegiados da história, das localizações geográficas, os textos literários, dentre outros recursos.

Segundo. Formar o cidadão não significa, tão-somente, formar a pessoa cumpridora de normas – o célebre mote de que ser cidadão é cumprir os deveres e exigir os direitos. Sobretudo, porque em tempos de globalização se retoma o conceito de "cidadão do mundo" – o cosmopolita. A cidadania, hoje, é uma cidadania transnacional – que alguns pensadores designam de cidadania pós-nacional (fundada em um patriotismo constitucional). Ser cidadão, hoje, não se resume em ser um cidadão patriotia, fechado sobre os benefícios de seu país, apenas.

Portanto, o que se encontra em jogo é o dilema entre a "mesmidade" – a singularidade – e a multiplicidade, a diferença, a diversidade. Entre formar pessoas com visões (valores, culturas) semelhantes e pessoas abertas à diferença, capazes de conviver com a alteridade. E isso é ir além da tolerância: é ir além da mera suportação, da mera passividade.

A educação, em seu ápice, deve focar a formação para a democracia, o que significa a formação para o diálogo, a discussão sobre as regras que regulam os processos decisórios. A formação para a democracia deve permitir a compreensão de que a democracia radica-se no processo e, não, meramente no resultado. A democracia não se impõe, mesmo com a melhor das intenções. O espírito democrático é aquele que convive com as decisões dolorosas de um processo participatipo, onde todos tiveram a possibilidade de expor seus pontos-de-vista.

Daí que a democracia não pode ser "ensinada" em sala-de-aula, mas tem de ser "vivenciada" nas práticas escolares. É quando se destaca o princípio da tolerância, forjado de acordo com o modelo da terceira postura referido acima, a postura mais difícil, que solicita o reconhecimento de que a verdade pode estar fora de nós, pode estar no outro.

O mais exigente da democracia é essa abertura ao outro, a capacidade de conviver com a diferença, tentando enxergar aquilo que essa diferença tem de melhor e que possa contribuir para o bem maior da maior parte dos envolvidos em uma dada situação.

Essa prática é a maior tarefa que a escola pode se colocar. Essa prática subverte muitas das convenções e posturas vigentes nos modelos educacionais hodiernos.

A falta de abertura e "tolerância" (conforme o indicado na terceira postura) é um foco de violência: por parte dos instalados, que se recusam à inclusão da diferença; por parte dos excluídos, que buscam, a todo custo, seu reconhecimento.

Elaborar projetos inclusivos, planos que contemplem a diferença, processos que se pautem pela dialogicidade são alguns dos meios para se implantar a democracia em sala-de-aula, para além da tolerância concebida como suportação, ou passividade (como citado).

Algumas escolas já estão elaborando propostas nesse sentido, cientes de que estabelecem uma ruptura com um modelo individualista, egocêntrico, competitivo, hedonista, utilitarista, onde o que importa é o indivíduo, sua vontade, ser o primeiro a qualquer custo, o prazer pessoal e a consideração dos outros seres a partir daquilo que podem contribuir para o projeto pessoal.

Escolas em que a comunidade é atuante e voz importante nas tomadas de decisão. Escolas em que a comunidade educativa discute os pontos principais, da disciplina aos conteúdos disciplinares. Escolas que contemplam intervenções na região onde estão situadas, melhorando a vida interna e externa aos muros instituiconais.

Esses modelos escolares rompem com a tradição de que a escola é um mundo à parte. Que encontra seu modelo extremo em escolas enclausuradas a tal ponto que o "outro", o diferente, sobretudo oriundos de classes menos favorecidas, são referidos como exóticos, com os quais não se têm contato, com os quais não se partilha o mundo.

Retomando Hèritier, se não existe ou não deve existir tolerância para os intolerantes, a escola democrática não pode compactuar com modelos excludentes, discriminatórios, qualquer que seja a natureza dessas atitudes.

Essas reflexões merecem ser continuadas."

fonte: http://www.webartigos.com/articles/2773/1/educacao-e-tolerancia/pagina1.html