quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Agressões no Colégio Militar

Jorge (nome fictício), 13 anos, aluno do Colégio Militar (CM), não gostou de regressar à sua camarata e ver desfeita a cama que já tinha feito nesse dia. E proferiu um insulto. Por volta das 21h, no decorrer da formatura, os mais velhos pediram-lhe explicações. Um dos graduados, 17 anos, estudante com presença habitual no quadro de honra da escola, vestiu uma luva castanha de cabedal, abeirou-se do rapaz e deu-lhe uma bofetada na cara. Acertou-lhe no ouvido. Jorge caiu no chão. Mais tarde, ouvido pela Polícia Judiciária Militar, o graduado explicaria que as "bofetadas de luva castanha" são prática corrente no CM.

Num outro depoimento, o jovem, então com funções de comandante da 3.ª companhia, agora constituído arguido, disse que é um facto que os castigos não estão previstos no guia do aluno. Mas que na prática são comuns e os oficiais sabem que existem. E enumerou quais: as chapadas de luva castanha são aplicadas quando as faltas dos alunos mais jovens são muito graves; obrigá-los a despir e vestir muito depressa, ou a fazer exercícios físicos são castigos mais leves. Jorge, esbofeteado em Fevereiro de 2007, tem até hoje lesões num ouvido e dores de cabeça frequentes.

Um mês de cadeira de rodas

O processo do DIAP revela que as vítimas de agressões entre 2006 e 2008 são quatro jovens - um de 11 anos, dois com 13, outro com 14.

Cláudio (nome fictício, como todos neste artigo) é um deles. Andava no 5.º ano (o equivalente ao 9.º no ensino regular) quando, no dia 17 de Outubro de 2006, foi castigado por alunos mais velhos. Primeiro teve que fazer 50 flexões, lê-se no despacho. Depois, mais 50 saltos de cócoras. Quando fraquejou, um graduado deu-lhe um pontapé nas costas e outros obrigaram-no a mais 40 minutos de flexões e pulos. Ficou exausto. Os relatórios médicos descrevem os efeitos do castigo: traumatismo muscular grave, lesões, internamento no hospital.

Cerca de um mês depois, na camarata dos alunos do 4.º ano, estava a decorrer mais um castigo colectivo. Rodrigo, 13 anos, era um dos castigados. A certa altura, um aluno mais velho desferiu-lhe vários pontapés no corpo. Rodrigo ficou com hematomas na barriga, num ombro e nas costas.

Em Fevereiro de 2007, foi a vez de Jorge ser assistido no Hospital da Dona Estefânia, em Lisboa. Disse que tinha levado com uma bola no ouvido. Mas os sintomas que apresentava não eram compatíveis com essa versão. Já o castigo a que foi submetido o irmão, Filipe, 11 anos, a 3 de Janeiro de 2008, perto da sua camarata, fez com que durante um mês tivesse que usar uma cadeira de rodas. Levou três bofetadas de um colega mais velho; ordenaram-lhe que fizesse 60 flexões, 60 saltos de cócoras com as mãos atrás das costas e ainda mais 60 saltos com as pernas flectidas, os pés juntos, os braços esticados. O rapaz fraquejou e foi pontapeado - à frente de colegas, para que servisse de exemplo.

Outras queixas, umas mais vagas do que outras, ficam sem desfecho. Um jovem afirma que uma vítima continua a ser intimidada - o que não ficou demonstrado. Como também não se sabe quem fez telefonemas para a família de duas vítimas. Num deles, diz a acusação, alguém terá dito ao pai dos alunos: "Gostaste da foda ao ouvido do teu filho?"


Fonte: Publico

FESTIVAL DA TERRA | Cordoaria Nacional | 30 e 31 de OUTUBRO e 1 de NOVEMBRO de 2009

O FESTIVAL DA TERRA vai pela 1ª vez abrir as suas portas em OUTUBRO, e surge na sequência do êxito das Edições da Feira Alternativa que decorreram na Cordoaria Nacional em 2006, 2007, 2008 e 2009.

O projecto surge agora em formato de festival, ampliando o seu potencial dinâmico. Workshops, aulas, terapias, massagens e muitas exibições e espectáculos. Um festival vivencial com experiências para todos os visitantes.
Cerca de 15 000 pessoas em 2006, 20.000 pessoas em 2007, 21.000 em 2008 visitaram a Feira e contactaram com os expositores presentes nas 4 áreas de abordagem, assistindo também a diversas palestras e demonstrações sobre diversos temas.


Assim sendo, dado o positivo feedback recebido por parte dos expositores presentes, potenciais expositores e visitantes, partimos com grande entusiasmo para a organização da 1ª edição do Festival da Terra, com vontade de fazer crescer a iniciativa a vários níveis sempre na mesma linha de qualidade e credibilidade que nos tem caracterizado.

O Festival decorrerá nos dias 30 e 31 de OUTUBRO e 1 de NOVEMBRO de 2009, e será um espaço em que o visitante poderá encontrar as melhores soluções nas novas áreas de conhecimento e práticas no âmbito da Alimentação Natural, Saúde, Medicina e Terapias Alternativas, Ecologia e Desenvolvimento Pessoal.

Workshops, palestras, demonstrações étnicas e culturais de várias regiões do mundo e espectáculos de música e dança complementam a programação, tornando a edição deste Festival um acontecimento único e a não perder.
Mini – Alternativa,
para crianças com futuro.

A Terra Alternativa decidiu integrar a Feira da Criança e Bebés e Crianças, que realizou ao longo de três anos com grande sucesso, dentro do seu projecto Feira Alternativa.

A organização vem assim assumir definitivamente o seu perfil ambientalista e dedicar aos mais pequenos numa área delimitada dentro do certame, uma mostra de produtos e serviços que apresentem soluções para a construção de um mundo melhor.

Escolas, terapias, medicinas alternativas, actividades lúdico ou pedagógicas, produtos biológicos e recicláveis, alimentaçao saudável, yoga, são algumas das propostas para pais e educadores atentos e crianças mais exigentes.

Assim esta é uma das grandes novidades da “Feira Alternativa – Festival da Terra”,um evento que vai abraçar o Mundo em Outubro na Cordoaria Nacional.

Contamos consigo neste abraço verde e ecológico que fará a diferença na formação e atitude das gerações vindouras.
Mais informações aqui

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Bertrand Russell

As crianças que são forçadas a comer adquirem aversão à comida, e as crianças obrigadas a aprender adquirem ódio ao conhecimento.


Os homens nascem ignorantes mas não nascem estúpidos. Tornam-se estúpidos com a educação. Somos confrontados com o paradoxo de que a educação se tornou um dos principais obstáculos à inteligência e à liberdade de pensamento.

A maioria dos pais sente afeição pelos seus filhos, e isso estabelece limites ao mal que lhes fazem. Mas as autoridades educacionais não sentem afeição pelas crianças; na melhor das hipóteses, são comandadas pelo espírito público, orientado para a comunidade como um todo, e não apenas para as crianças; na pior das hipóteses, são políticos envolvidos em disputas por interesses pessoais. Outro mérito do lar é que ele preserva a diversidade entre indivíduos. Se fôssemos todos iguais, provavelmente seria vantajoso para os burocratas e estaticistas, mas seria uma desvantagem para a sociedade, que deixaria de progredir.

Diabos Castrados? Ou Anjos em Liberdade?

Estou há cerca de um mês a trabalhar numa escola, e tem sido difícil e duro conciliar aquilo que acredito com aquilo em que a escola acredita.
A muito custo, tenho vivido entre berros, castigos e sermões e sem dar conta sou muitas vezes tentada a usar as mesmas "pedagogias educativas". Mas hoje algo de diferente se passou, estava sozinha a dar uma aula, com uma turma impossível que só gritava, conversava e brincava e decidi que os "meus miúdos" hoje iam poder gozar de liberdade total, sentei-me a um canto e disse podem fazer o que quiserem! Foi a alegria geral, berraram, gritaram, falaram e falaram e passados 5 minutos tinha toda a turma com ar angelical a olhar pra mim e a dizer, professora dê-nos a aula por favor, desculpe termo-nos portado mal. E pronto, consegui dar a aula, estiveram concentrados como nunca os vi, interessados e mais participativos que nunca.
Isto só prova que a liberdade e o respeito é o caminho para as nossas crianças, não podemos querer ensinar-lhes o respeito e a liberdade, se nós os educadores somos os primeiros a invadir as fronteiras das nossas crianças. 

domingo, 18 de outubro de 2009

Acerca da pedagogia Waldorf

Quando andamos a fazer pesquisa sobre educação há sites que nos ajudam a planificar o que realmente queremos saber, dando informação global e interessante acerca dos temas procurados. Foi este o caso, em www.waldorfanswers.org encontrei informação acerca da pedagogia Waldorf, aparecimento da mesma, organização das escolas, conteúdos, enfim, uma série de material interessante e abrangente sobre esta temática e por isso partilho com todos.

Formas de educação não formal - TSOLife

excerto do livro de Ivan Illich, "Sociedade sem escolas", onde o mesmo fala criticamente sobre a educação nas sociedades contemporâneas.

"A educação universal por meio da escolaridade não é possível. Nem seria mais exequível se se tentasse mediante instituições alternativas criadas segundo o estilo das escolas actuais. Nem novas atitudes dos professores para com os seus alunos, nem a proliferação de novas ferramentas e métodos físicos ou mentais (nas salas de aula ou nos dormitórios), nem mesmo a intenção de aumentar a responsabilidade dos pedagogos até ao ponto de incluir a vida completa dos seus alunos, teria como resultado a educação universal. A busca actual de novos canais educativos deverá ser transformada na procura do seu oposto institucional: redes educativas que aumentem a oportunidade de cada um transformar cada momento da sua vida num outro de aprendizagem, de partilha e de interesse."

Ao estar na escola constato que, de facto, a instituicionalização das escolas contribui em larga escala para a institucionalização da sociedade. Há outras formas de aprendizagem, formas mais livres e por isso deixo aqui alguma informação sobre the travelling school of life.

A"The travelling school of life (TSOLife) é uma rede global de comunicação entre pessoas que querem partilhar os seus conhecimentos e recursos. Promove a relação entre pessoas e a criação de programas de ensino independentes de instituições formais e com metodologias geralmente diferentes das usadas nas universidades, escolas e cursos de formação. Esta é uma ferramenta prática para fazer chegar informação e conhecimentos, através de relações sociais directas, a pessoas de todo o mundo interessadas em ensinar e aprender. É possível escolher o que se quer aprender, quando, com quem, de que maneira e com os objectivos desejados.

Quando viajamos encontramos novas situações, pessoas e descobrimos diferentes perspectivas de vida. Neste contexto "viajar" não equivale a "turismo", mas sim À participação e estabelecimento de relações de respeito para com o meio envolvente. Os viajantes da TSOLife auto-organizam-se na crescente comunidade virtual e vão-se conhecendo através de encontros e do website.
Em www.tsolife.org é possível encontar pessoas de todo o mundo com interesses semelhantes e publicar as ideias e projectos. A experiência de aprendizagem é voluntária e sem obrigações. A rede TSOLife organiza-se em dois níveis: O nível global, através da internet, e o nível regional, que forma uma base sólida para o funcionamento global da rede.
Todos os intervenientes do processo de partilha de competências e conhecimento devem estabelecer entre si as condições da aprendizagem, tendo como base a educação sem fins lucrativos.Por outro lado, os materiais e outros recursos custam dinheiro, pelo que a redução dos custos das actividades é uma prioridade.

www.tsolife.org

sábado, 17 de outubro de 2009

Criatividade e o Cérebro

Excerto de uma palestra de Tony Buzan, o escritor inglês responsável pela sistematização dos mapas mentais:


Cada criança é brilhante e nós temos de aprender a desenvolver esse brilho. O professor fornece os nutrientes para alimentar este brilho. A criatividade é absolutamente essencial para isso. Temos ensinado o oposto. Nos últimos 150 anos estamos ensinando "currículo". Isto é considerado normal na nossa sociedade, mas a verdade é que não é natural.

Como seres humanos, primeiro temos que aprender a aprender, depois definir o que aprender. Não nascemos com um cérebro pronto, nascemos com um potencial, tal como um jardim maravilhoso, com milhares de sementes. Quando o ambiente é fértil, quando a criança é alimentada, existe dentro das células cerebrais um movimento de conexão e relacionamento entre si. Quando o potencial do cérebro não é cultivado, as células cerebrais não se ligam, elas literalmente se desconectam.

O professor ajuda a criança a construir a arquitectura interna de seu pensamento. Quando nós estimulamos as crianças a criarem, elas tornam-se fisicamente e biologicamente complexas e capazes. Quando linearizamos o ensino e enfatizamos a rotina estamos desconectando os seus cérebros.

Que trabalho é mais importante para o planeta do que envolver as crianças criativamente?

A Escola é uma prisão

Crónica parcial de Peter Gray, professor de psicologia na faculdade de Boston que tem realizado e publicado várias pesquisas no campo da psicologia do desenvolvimento e psicologia educacional.


Porque é que os alunos não gostam da escola? Bem, não é óbvio?

Perguntem a qualquer aluno porque é que não gosta da escola e ele depressa dirá que a escola é uma prisão. Pode ser que não use estas palavras, talvez por ter sido bem educado em casa ou por já lhe ter sido feita uma lavagem ao cérebro em relação à escola, e ter passado a acreditar que a escola é para seu bem e, assim sendo, não poderia ser uma prisão.

Mas se decifrarmos bem a resposta a tradução geralmente é: "A escola é prisão". Deixem-me dizer isto mais umas vezes: A escola é uma prisão. A escola é uma prisão. A escola é uma prisão. A escola é uma prisão. A escola é uma prisão.

Qualquer pessoa que tenha frequentado a escola sabe que a escola é uma prisão, mas praticamente ninguém o diz. Não é “bonito” dizer-se isso. Andamos todos evitando dizer esta verdade, que a escola é uma prisão, porque dizer a verdade nos faz parecer tão horríveis. Como poderíamos nós, pessoas de bem, enviar os filhos para a prisão durante a maior parte dos primeiros 18 anos das suas vidas? Como poderia o nosso governo democrático, que se baseia nos princípios de liberdade e auto-determinação, fazer leis exigindo que todas as crianças e adolescentes passem grande parte dos seus dias numa prisão? Seria impensável, por isso esforçamo-nos tanto para evitar pensar nisso. Ou, se pensamos, pelo menos não o dizemos. Quando falamos sobre o que está errado nas escolas, fingimos não nos aperceber desta realidade e em vez disso falamos sobre outras coisas.

Mas eu acho que está na hora de dizermos em voz bem alta. A escola é uma prisão. Se acham que não então expliquem por favor qual é a diferença. A única diferença que consigo pensar é que para irmos parar à prisão temos que cometer um crime, mas devido apenas à nossa idade somos forçados a ir para a escola. Nos outros aspectos a escola e a prisão são iguais. Em ambas somos despojados da nossa liberdade e dignidade. Em ambas dizem-nos exactamente o que fazer, e somos punidos se não obedecermos. A verdade é que na escola passamos mais tempo fazendo exactamente aquilo que nos dizem para fazer do que nas prisões para adultos, por isso, nesse sentido, a escola é pior do que a prisão.

Todos nós que frequentámos a escola sabemos que ela é uma prisão. Como poderíamos não o saber? Mas racionalizamos a situação, dizendo (geralmente não com estas palavras) que as crianças necessitam deste tipo específico de prisão e que até poderão vir a gostar dela desde que esteja bem organizada. De acordo com esta racionalização, se as crianças não gostam da escola não é por a escola ser uma prisão mas porque os guardas não são suficientemente gentis, divertidos ou inteligentes para manter as mentes das crianças adequadamente ocupadas.

Mas quem sabe um mínimo sobre crianças e tem a coragem de pensar honestamente deveria ser capaz de não se deixar iludir por esta racionalização. As crianças, tal como todos os seres humanos, anseiam pela liberdade. Elas odeiam ter a sua liberdade restringida. E em grande medida usam essa liberdade precisamente para se educarem. Estão biologicamente preparadas para fazer isso. Brincando e investigando livremente elas aprendem sobre o mundo físico e social em que estão crescendo. Na escola, pelo contrário, dizem-lhes que têm que parar de seguir os seus interesses e em vez disso fazer apenas o que o professor lhes disser que têm de fazer. É por isso que não gostam da escola.

Como sociedade, poderíamos, talvez, racionalizar o modo como forçamos as crianças a irem para a escola se pudéssemos demonstrar que elas precisam deste tipo específico de prisão a fim de adquirir as competências e os conhecimentos necessários para se tornarem bons cidadãos, para serem felizes na vida adulta e para arranjarem bons empregos. Muitas pessoas, talvez a maioria, pensam que isso foi provado cientificamente, pois o estabelecimento de ensino fala como se isso tivesse sido provado. Mas a verdade é que nunca ninguém provou essa teoria.

A verdade é que há décadas que as famílias que optaram por "não escolarizar” os filhos ou por enviá-los para escolas como a Sudbury Valley School (que é, essencialmente, uma “não-escola”) têm vindo provando o contrário.

As crianças a quem são dadas ferramentas para a aprendizagem, incluindo acesso a várias outras pessoas com quem possam aprender, aprendem o que precisam de saber - e muito mais - através de brincadeiras e pesquisas que elas próprias iniciam. Não há prova absolutamente nenhuma de que as crianças que são enviadas para a prisão saem de lá melhores do que aquelas a quem são fornecidas as ferramentas e a permissão de as usar livremente.

Como podemos então continuar a racionalizar o facto de que mandamos as crianças para prisões? Julgo que o estabelecimento de ensino deliberadamente evita analisar com honestidade as experiências dos unschoolers e de escolas como Sudbury Valley porque tem medo do que iria encontrar. Se as escolas-prisões não são necessárias, o que aconteceria a este enorme empreendimento, que dá emprego a tanta gente e que está tão profundamente enraizado na nossa cultura?

Todas as tentativas de melhorar o sistema falharam, e nenhuma há-de ter sucesso até as pessoas enfrentarem a realidade: as crianças odeiam a escola porque na escola elas não têm liberdade. Na aprendizagem não há alegria sem liberdade.

Escola vs Criatividade

Era uma vez um menino pequenino e uma escola muito grande. Quando o menino descobriu que podia entrar para a sala de aulas directo da rua, ficou feliz. A escola deixou de parecer tão grande.


Uma manhã, quando o menino já andava na escola há uns tempos, a professora disse:

"Hoje vamos fazer um desenho".
"Que bom!", pensou o menino.

Ele gostava de desenhar. Sabia fazer leões e tigres, galinhas e vacas, comboios e barcos - mas a professora disse:

"Esperem! Ainda não está na hora de começar!"

O menino esperou até que todos estivessem prontos.

"Agora", disse a professora, "agora já podem fazer flores".
"Que bom!", pensou o menino, que gostava de fazer flores. Ele tirou os lápis de cera do seu estojo. Escolheu o cor de rosa, cor de laranja e o azul. E começou a desenhar.

Mas a professora disse: "Esperem! Vou mostrar-vos como".
E ela desenhou uma flor no quadro. Era vermelha, com um caule verde.

"Façam assim", disse a professora. "Agora podem começar".

O garotinho olhou para a flor da professora. Depois olhou para a flor que tinha feito. Gostava mais da sua flor do que da flor da professora, mas não disse nada. Em silêncio, virou a folha de papel e fez uma flor como a da professora, vermelha, com um caule verde.

Noutro dia, a professora disse:

"Hoje vamos trabalhar com argila".
"Que bom!", pensou o menino. Ele gostava de argila e sabia fazer muitas coisas com argila: cobras e bonecos de neve, elefantes e ratos, carros e caminhões - contente, começou a trabalhar a bola de argila.

Mas a professora disse:

"Esperem! Não está na hora de começar!"

E o menino esperou até que todos estivessem prontos.

"Agora", disse a professora, "Vamos fazer um prato".
"Que bom!", pensou o menino, que gostava de fazer pratos, e começou a fazer pratos de todas as formas e tamanhos.

Mas a professora disse:

"Esperem! Vou mostrar-vos como".

A professora mostrou como fazer um prato fundo.

"Façam assim", disse a professora, "Agora podem começar".

O menino olhou para o prato da professora. Depois olhou para os seus. Gostava mais dos seus pratos do que do prato da professora, mas não disse nada. Em silêncio, enrolou a argila numa grande bola e fez um prato como o da professora, um prato fundo.

O menino aprendeu a esperar, a prestar atenção e a fazer as coisas como a professora dizia. Depressa deixou de fazer as coisas à sua maneira.

O tempo foi passando e um dia o menino e a sua família mudaram de casa e foram viver para outra cidade. O menino teve que ir para outra escola.
Esta escola era ainda maior do que a outra, e não podia entrar da rua directamente para a sala de aulas. Tinha que subir uns degraus enormes e descer um grande corredor para chegar à sala.

No primeiro dia de aulas, a professora disse:

"Hoje vamos fazer um desenho".

"Que bom!", pensou o garotinho, e ficou à espera que a professora lhe dissesse o que fazer. Mas a professora não disse nada. Apenas caminhava à volta da sala.

Quando passou pelo menino, ela perguntou: "Não gostas de desenhar?"
"Sim", respondeu o menino. "Mas o que devo desenhar?"
"Não sei, tu é que tens que decidir que desenho queres fazer", disse a professora.
"Como devo fazê-lo?", perguntou o menino.
"Ora, como preferires', disse a professora.
"E de qualquer cor?", perguntou o menino.
"De qualquer cor", disse a professora, "Se todos fizessem o mesmo desenho e usassem as mesmas cores, como é que eu saberia quem fez o quê?"
"Eu não sei", disse o menino.

E enquanto os outros desenhavam flores cor-de-rosa, cor de laranja e azuis, o menino, em silêncio, desenhou uma flor vermelha, com um caule verde.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Workshop Baby Sol - Lisboa

Para marcar o início da Semana da Alimentação, tenho o prazer de vos informar que no próximo domingo, dia 18 de Outubro, vão realizar-se 2 Workshop's para Mamãs... não percam!


São gratuitos para o público!


Workshop - 24 Outubro - A Criança, A Alma e os Relacionamentos

No trabalho com a Criança Interior encontraremos o eco da nossa realidade mais profunda. Religar ao sentido da Vida é recordarmo-nos de quem somos.

Este é um trabalho de expansão da consciência pela superação dos medos da mente inferior.
Caminhamos pela vida entre o medo do futuro e os desejos que nos levam de meta em meta. É fundamental perceber a dualidade do desejo, para que o apego nos não mantenha cativos da verdadeira paz e felicidade.
Quanto mais ousamos ser nós mesmos proporcionando à Alma experiências libertadoras, mais magnéticos nos tornamos, mais inspirados e inspiradores.
Só quando nos aceitamos completamente poderemos aceitar os outros e viver o perdão como amor e o amor como unidade. Despertar é perceber a unidade em todas as nossas experiências e, por conseguinte, deixar de temer a Vida, a mudança e o futuro.
Este é um trabalho de amor e de recordação da alegria ancestral que nos habita, e da essência de harmonia e de Luz que todos somos!
Este Workshop Vivencial integrará poderosas técnicas de transformação interna, que proporcionam uma libertação do passado, ensinam a mestria emocional e a escolher os pensamentos para co-criarmos uma realidade mais autêntica, plena e apaixonada pela vida.
A dinâmica do grupo, cria uma partilha muito rica que ajuda a dissolver bloqueios pessoais e a ter maior prazer e segurança nas relações com os outros.

Vamos trabalhar:

- A descoberta das crenças negativas e sabotadoras que a nossa Criança Interior terá formado a partir das primeiras manifestações de desaprovação parental/crítica dos pais/família etc., rejeição, experiências que poderão ter roubado a espontaneidade da Criança Interior.

A partir daqui perceberemos a origem da nossa baixa auto-estima e de crenças negativas sobre falta de merecimento que bloqueiam a nossa capacidade de recebermos bem estar nas nossas vidas, seja afectiva, material ou espiritual.

Duração: 1 dia das 10h às 18h30
Inclui: Documentação e coffee-breaks.
Investimento: 100 Eur

No dia do workshop: Pede-se aos participantes que venham com roupa confortável e que não usem perfume, laca de cabelo ou gel, uma vez que pode ter interferência com a técnica de TFT. Será necessário que traga para o Workshop os seguintes items:

Um espelho de rosto;
Uma foto de infância;
Um bloco de notas;
Um colchão tripartido ou de yoga (alguns exercícios serão feitos deitados);
Uma manta e uma pequena almofada.

Caso não tenha alguns destes items, por favor, informe-nos previamente para podermos arranjar uma solução.

http://www.milcaminhos.com/
info@milcaminhos.com

Av. Capitão Meleças, 73, 4º.
Alverca do Ribatejo

Tel. 93 644 3504 (rede TMN)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Yoga do Riso no Porto

Aulas de Yoga do Riso no Porto a partir de Novembro!
Todas as segundas das 19h às 20h!
No Centro Essênio, Junto ao Restaurante Vegetariano Essência
Rua de Pedro Hispano nº 1248 - 4250-365 Porto



Informações e Inscrições:
Vanessa Correia: 938767466/915512133   
www.clubesdoriso.com - Clube do Riso Porto - Centro Essênio



O que é o Yoga do Riso
O Yoga do Riso é uma actividade que combina exercícios de respiração (Pranayama) e alongamentos ,com exercícios de riso que transporta as pessoas do riso falso ao riso verdadeiro, proporcionando a todos os que o praticam um enorme relaxamento e bem-estar.





O Yoga do Riso é uma actividade realizada em grupo, onde os elementos partilham a alegria de “gargalhar”. O objectivo principal é rir sem motivo algum, rir por tudo e rir por nada.



Destina-se a todas as pessoas, de todas as idades.



Este método foi criado em 1995, pelo médico indiano de clínica geral Dr. Madan Kataria. Ele percebeu que o riso ajuda no processo de recuperação sempre que nos sentimos em desequilíbrio.

Quando rimos, toda as células do nosso corpo sofrem um processo de “oxigenação”, é por isso que no final de “rirmos a valer” nos sentimos muito leves. Às vezes parece que não estamos sequer na nossa dimensão física/corpórea. Sentimo-nos a “flutuar” e com uma grande sensação de bem-estar, uma vez que são libertadas endorfinas, a chamada morfina natural que o organismo liberta e que vai provocar essa maravilhosa sensação de bem-estar. O cérebro não distingue o riso espontâneo do riso forçado, reconhece apenas o Riso como sinal de alegria e felicidade, por este motivo,resulta igual o benefício de rir de verdade ou a fingir.

As repercussões de um e outro riso para o organismo são exactamente as mesmas, daí que o nosso lema seja “Finja, finja até que atinja”
Então, o que é uma sessão de riso?
01. Prática de exercícios de respiração (pranayama) utilizados no Yoga.
02. Actividade em grupo baseada em exercícios lúdicos cuja função é estimular o riso.
03. Meditação activa (a mente "esvazia-se" ao concentrar-se no acto de rir).



Cada sessão demora cerca de uma hora,durante a qual é realizada uma breve explicação do que é o yoga do riso, são realizados vários exercícios de riso, finalizando com a meditação sobre a paz mundial através da gargalhada.



Actualmente este é um movimento global para atingir a paz mundial através da gargalhada!






Benefícos Yoga do Riso
São muitos e de várias ordens. Começa por melhorar a saúde de uma maneira geral, o que traz mais qualidade de vida e bem-estar a quem o prática.
Através do Yoga do Riso gere-se eficazmente o stress, uma vez que se passa do estado de alerta - simpático (stress) para o estado descontraído - parassímpatioco (zen). Através do Yoga do Riso resgata-se com sucesso a nossa “criança interior” que, com o passar dos anos vamos esquecendo que existe, acabando muitos de nós por a deixar morrer.



Benefícios a nível físico
01. Aumenta o nível de oxigénio no organismo
02. Liberta endorfinas (morfina natural do organismo)
03. Melhora o sistema respiratório e cardio-vascular
04. Aumenta a resistência física, pois o sistema imunitário é fortalecido
05. Sensação de bem-estar
06. Regula o peso
07. Dá uma aparência rejuvenescida ao rosto, fortificando os seus músculos através de um maior afluxo de sangue que é um nutriente natural da pele.



Benefícios a nível psicológico
01. Aumenta a auto-estima
02. Combate a ansiedade
03. Transmuta as emoções menos boas em boas
04. Previne os estados depressivos
05. Repõe a energia de uma forma geral
06. Desenvolve a imaginação, a criatividade e a memória.
07. Ajuda a dormir melhor, reduzindo a insónia.

Benefícios sociais
01. Aproxima as pessoas. Ninguém é capaz de estar zangado junto de alguém que ri.
02. A qualidade de vida no trabalho sai fortificada, e o desempenho profissional é o primeiro a dar conta disso mesmo
03. Melhora as relações humanas de uma forma geral.
04. Enriquece a qualidade e o equilíbrio entre a vida e o trabalho.


Líder:



Vanessa Correia nasce em Esmoriz em 1986, licenciou-se em Geografia,área de Especialização em Ambiente e Desenvolvimento, mas desde cedo se sentiu mais atraída pelas artes do que pelos estudos.Fez o curso de iniciação teatral do CITAC e tirou uma mão cheia de formações em técnica de clown e contadora de estórias.Trabalhou como Palhaça e Contadora de Estórias,e desde cedo que luta pelos direitos humanos/animais, tendo colaborado com a Amnistia Internacional,GAIA,Nunca Màis, Quercus,Acção Animal,Colectivo Germinal etc.
Actualmente vive no Porto e trabalha como Animadora Sócio-Cultural numa Escola Primária,e é membro do Grupo Projecto do Artes da Lua de Outono,estando responsável pelo Encontro de Educação Integral e Intuitiva.(http://luadoutono.blogspot.com/)
No ano 2005 teve o 1º contacto com o Yoga do Riso e desde essa altura começou a colaborar com a Ana Banana (Fundadora do Yoga do Riso em Portugal) nas sessões do Clube do Riso de Coimbra.Em 2007 tira a formação de Líderes do Riso com Ana Banana e Jörg Helms (Fundadores da Escola do Riso – http://www.escoladoriso.com), e desde então que colabora frequentemente com a Escola do Riso. Trabalhou a técnica de Yoga do Riso com jovens problemáticos, reclusos,crianças,mães e filhos e mãmãs grávidas,e acredita que o Yoga do Riso é um bom impulsionador para a Paz Mundial,visto contribuir para uma maior consciencializaçao das pessoas e uma melhoria da auto estima pessoal e por conseguinte desencadear processos de mudança na vida das mesmas.

É uma técnica que leva o ser humano a enfrentar a vida de uma forma mais alegre. O “truque” está em resolver o que de menos bom nos acontece rindo. Se bem que não se possa considerar o Yoga do Riso como uma terapia, a técnica pode no entanto ser encarada como “terapêutica” já que os seus benefícios são imensos.

domingo, 11 de outubro de 2009

Levanta-te contra a pobreza

MENSAGEM CENTRAL

Os governos não podem ignorar o apelo das pessoas pelo fim da pobreza. A sociedade civil está chocada com a pobreza e desigualdade globais – mais e mais pessoas recusam-se a permanecer quietas diante da injustificável falta de acção dos líderes.

PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES

Acabar com a Pobreza e a Desigualdade
O fim da pobreza e da desigualdade não implica apenas ajudar os pobres, mas também mudar as políticas que geram desequilíbrios globais (riqueza no Norte, pobreza no Sul global). e em mudar a noção pré-concebida de que o crescimento económico é suficiente para reduzir a pobreza e as desigualdades.

Atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM)
Os governos devem comprometer-se a atingir e superar os ODM por meio de planos de actuação baseados nessas metas. A visão estratégica da Cooperação Portuguesa apoia-se nos ODM.

Mais e Melhor Ajuda Pública para o Desenvolvimento (APD)
É necessário um aumento substancial na quantidade e qualidade da ajuda e do financiamento para o desenvolvimento. Os países doadores comprometeram-se a atingir para a APD a meta de 0,7% do Rendimento Nacional Bruto até ao ano 2015, com metas intermédias de 0,33% em 2006 e de 0,51% até 2010. Portugal destinou apenas 0,19% do seu RNB para APD no Orçamento de 2007. A APD não deve ser concedida com condicionalismos, p.e. fazendo depender a concessão dessa ajuda da celebração de acordos comerciais entre os países doadores e os beneficiários.

Sim à Justiça Comercial, Não ao Comércio Livre

•Os países em desenvolvimento têm o direito de determinar suas próprias políticas de comércio para favorecerem os seus próprios povos.
•Os subsídios da UE que levam à invasão de produtos agrícolas europeus artificialmente baratos nos mercados internacionais devem acabar.
•Os Acordos de Parceria Económica (EPA), entre a EU e os países ACP (África, Caraíbas e Pacífico), têm gerado relações comerciais injustas que não são adequadas para o desenvolvimento sustentável dos países mais empobrecidos.

Perdão da Dívida
Os países doadores devem cancelar as dívidas impeditivas dos países mais pobres cumprirem os ODM. O cancelamento da dívida e os apoios a refugiados e estudantes estrangeiros nos países doadores não devem ser contabilizados nem levados em conta como APD. O cancelamento da dívida não deve afectar negativamente a classificação em termos de risco de crédito de um país.

Mais transparência e prestação pública de contas
Todos os governos e instituições multilaterais devem prestar contas publicamente e ser transparentes no uso dos recursos públicos.

Mais igualdade de género
Os direitos da mulher e a igualdade de género precisam ser reconhecidos como questões centrais na erradicação da pobreza e na formulação de políticas, leis e planos locais. Os governos devem assegurar a igualdade e a justiça social, impedindo todas as formas de violência contra a mulher ao mesmo tempo que também os direitos da mulher, incluindo a sua participação política e o acesso a recursos.

Primado dos Direitos Humanos
A defesa dos direitos humanos, em particular das minorias, tem de ser reconhecida como um elemento crucial para a obtenção de todos estes objectivos. Há que assegurar a participação igualitária de todos os grupos excluídos: minorias étnicas, mulheres, pessoas em condições de extrema pobreza etc.
Há muitas formas de poderes agir. As acções deverão representar uma mensagem relevante de luta contra a pobreza. Isto poderá incluir a leitura do manifesto, uma acção de rua, a preparação de uma tertúlia ou debate sobre o tema... há opções para todos os que queiram participar.

JUNTA-TE A UM EVENTO JÁ AGENDADO:
O “Levanta-te” está a trabalhar com um largo número de parceiros nacionais e locais como: escolas, universidades, agrupamentos associativos locais, coros, clubes desportivos, grupos religiosos e empresas para organizar diversas acções.. Qualquer pessoa pode juntar-se individualmente a estes eventos ou encorajar um grupo ou organização aos quais pertençam a juntarem-se.

ORGANIZA O TEU PRÓPRIO "LEVANTA-TE":

a) Escolhe a localização: pode ser um parque, praça pública, escola, universidade, centro comercial, átrio de entrada no edifício onde trabalhas, o teu local de trabalho ou até a tua casa.

b) Planeia um evento - um jantar, uma performance artística, uma exibição de um filme, uma tertúlia – ou insere-te num momento “Levanta-te” num evento já programado. Por exemplo: uma aula, um evento desportivo ou cultural, um concerto, entre outros. O momento “Levanta-te” pode ser antes ou depois do evento, ou durante o intervalo, criando uma pausa contra a pobreza e pelos ODM.

c) Inscreve o teu evento no site. Atenção: para que a tua acção seja considerada para a contagem final terás que voltar aqui ao site no final do teu evento e completar o registo com o número de acção que te será atribuído em Registo para Contagem Final.

d) Selecciona a pessoa responsável pelo evento: alguém da organização, um conhecido na comunidade ou mesmo uma figura pública pode ser convidada para conduzir o evento.

e) Divulgação: divulga o teu evento através de e-mails, cartas, posters e flyers. Na secção Todos os Materiais encontras uma série de materiais de apoio. Podes também informar a imprensa local e/ou nacional.

f) Se apropriado, convida membros das autoridades locais a participar.

fonte: http://www.levanta-te.org

The Freedom Theatre

Usando as artes cénicas como um modelo para a mudança social,"The Freedom Theatre" desenvolve a única formação em teatro e artes cénicas no norte do território palestiniano ocupado. O grande objectivo deste projecto é dar voz às crianças do Campo de Refugiados de Jenin, através de um programa de workshops e actividades em teatro, utilizando também as potencialidades terapeuticas do processo teatral. Primam pela elevada qualidade das suas apresentações.

As crianças do Campo de Refugiados de Jenin:

Quase todas as crianças deste campo testemunharam e passaram por experiências traumáticas ligadas à morte, ferimentos físicos graves ou ameaças à integridade física ou emocional.Muitos mostram sintomas de vários problemas emocionais, incluindo dificuldades de concentração, comportamento agressivo, insónias e pesadelos e uma série de sintomas psicossomáticos. Esta situação é a oposição de uma infância ideal e equilibrada, onde as crianças exploram o mundo através da brincadeira. Em vez de crescerem num ambiente equilibrado, de desenvolverem um sentido de coerência e capacidades de resolverem os seus problemas, éstas crianças crescem no medo, opressão e humilhação. Ao perderem a noção de que os seus pais conseguem protegê-los face às experiências traumáticas do dia-a-dia, estes meninos e meninas perdem a sensação de segurança confiança.

A missão desta organização é:

.Dar às crianças do campo de refugiados de Jenin a possibilidade de terem um espaço onde meninas e meninos se possam expressar de uma forma livre e equalitária, onde podem correr riscos, experimentar, criar outras realidades e desafiar, assim, as barreiras sociais e culturais.
.Incentivar as crianças a encontrar novas formas de resolver problemas e conflitos, assim como assegurar que as mesmas ganham confiança suficiente para enfrentar a realidade do seu quotidiano.
.dar a conhecer o isolamento cultural existente que limita o acesso a outras zonas palestinianas e a outras comunidades mundiais.
.Criar um modelo de excelência no ensino teatral e artístico.

Para conseguir estes resultados desenvolvem as seguintes actividades:
.desenvolver e receber várias performances cujo público alvo é tanto crianças como adultos.
.Implementação de um programa de treino artístico, workshops e actividades teatrais.
.Abertura do campo de refugiados através do convite de artistas, palestinianos e de outras nacionalidades, para trabalhar com as crianças, organização de viagens de estudo fora da área do campo de refugiados de Jenin, incentivando a fotografia, realização, escrita criativa, entre outras áreas.
.Recrutamento de staff e voluntários qualificados, dando-lhes espaço para desenvolverem em pleno as suas capacidades.



Para saber mais consultar o site http://www.thefreedomtheatre.org