Especialistas norte-americanos acreditam que o QI das crianças está em progressão, ou seja, são hoje, em média, mais inteligentes do que há algumas gerações. A razão para esse acréscimo pode estar no facto de os castigos corporais serem hoje menos frequentes. Um estudo apresentado esta semana na Conferência Internacional sobre «Violência, Abuso e Trauma», que está a decorrer em San Diego, revelou que os castigos físicos podem fazer com as crianças desçam alguns pontos no seu Quociente de Inteligência (QI).
Quanto maior é a prevalência de pais que usa essa estratégia disciplinar num país, menor é a média nacional do QI, era a conclusão já conhecida de um estudo onde foram analisados dados relativos a 17 mil estudantes universitários de 32 países.
Desta vez, sociólogos da Universidade de New Hempshire, registaram os níveis de QI de 806 crianças com idades entre os dois e os quatro anos e de outro grupo de 104 crianças com idades entre os cinco e os nove anos.
Quando foram analisadas quatro anos depois, as crianças mais novas que não tinham sido castigadas com palmadas e afins registavam, em média, mais cinco pontos no QI do que aquelas que recebiam esse tipo de castigos. No grupo das crianças mais velhas, as que receberam castigos corporais registaram em média menos 2,8 pontos no QI.
Os autores do estudo acrescentam que a frequência com que se bate numa criança também tem influência: quanto mais frequente é o castigo, mais lento é o desenvolvimento mental e cognitivo. Mas mesmo sem regularidade e com pouca frequência, bater terá os seus efeitos no desenvolvimento psíquico e no bem-estar da criança.
O facto de as crianças estarem em situações de stress emocional pode, de facto e segundo os especialistas, alterar a sua actividade neuronal e condicionar o seu desenvolvimento.
Por isso, recomendam formas de disciplina positivas que promovam o auto-controlo e o desenvolvimento mental e social da criança, em vez de a humilharem e de destruirem a sua auto-estima. Além de todos estes danos, os castigos corporais ensinam às crianças que a violência é uma forma aceitável de resolver uma situação.
Fonte : http://www.mae.iol.pt/artigo.php?id=1091716&div_id=3650
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