A Doença da Escolaridade Obrigatória: como as crianças absorvem valores fascistas, por Chris Shute
Este livro não é um livro escrito por um perito a fim de influenciar o pensamento de outros especialistas. É um livro baseado na experiência acumulada por um professor.
Digam o que disserem, as escolas estão a inculcar hábitos de subserviência na maioria dos jovens. E há argumentos sedutores para mantermos as crianças sob um controle estrito: torna-as mais fáceis de manusear, o que agrada os pais, enquanto que a sociedade em geral sente-se mais descansada, pois parece tornar mais segura e previsível a tarefa de tomar responsabilidade pela educação das crianças. No entanto, ao crescerem, muitos estudantes tornam-se taciturnos, anti-sociais e "filisteus"[1]. O processo parece ser satisfatório, mas os resultados são deploráveis.
Depois de 25 anos como professor, Chris Shute viu que estava envolvido numa forma microcósmica de fascismo. O livro demonstra como a escolaridade obrigatória, com seu imposto aparato de disciplina e controle, é perigosa para a saúde mental e o desenvolvimento social das crianças, e é de facto a causa de muitos problemas sociais que alega curar.
Shute tem a esperança de que um dia as crianças terão a possibilidade de utilizar as escolas como acha que estas deveriam ser usadas, como lugares onde qualquer pessoa que queira ajuda nos seus estudos possa recebê-la. Até então, Shute limita-se a comentar sobre as escolas tal como são actualmente, desafiando-nos a considerar a possibilidade de que o seu regime escraviza as mentes das crianças em vez de as libertar.
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